14 abril, 2016

Papa em Lesbos. Arcebispo de Atenas: barreiras não são solução




(RV) O Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia Hieronimus II, declarou durante um encontro com o Administrador de Tessalia, Konstantinos Agorastos, que “a Grécia não pode ser mais ser um depósito de seres humanos”. A informar foi o site grego de informações religiosas Dogma, que falando do encontro ocorrido na terça-feira entre o líder político e o religioso, traz outras declarações: “para a questão dos refugiados – sublinhou Agorastos – devemos fazer um esforço para o diálogo inter-religioso; para enfrentar esta situação a União das Regiões gregas está do lado da Igreja em oferecer todo o conforto possível”.

A região de Tessalia agradeceu o Arcebispo pela sua contribuição na questão dos refugiados: “a Igreja sempre ajuda quem está na necessidade e dá uma esperança”, concluiu Agorastos.

O Arcebispo, por sua vez, agradeceu a Agorastos, sublinhando que quer na região Tessalia como no resto da Grécia, “os bispos entenderam os problemas e tentaram resolvê-los”. “Deste modo os nossos esforços nos tornaram todos unidos”, afirmou, acrescentando que “todas as instituições juntas devem olhar em frente e esquecer as coisas do passado. O nosso país está em uma situação muito difícil; isto não diz respeito somente aos problemas da pobreza, do desemprego e da insegurança. O grande problema é a falta de visão, falta de esperança”. O Arcebispo concluiu a sua intervenção com uma reflexão apaixonada e dolorosa:

“O emblema desta falta de visão hoje é representado pela questão dos refugiados, problema que atinge a Grécia, mas que é de toda a Europa. Posicionar as cercas e as barreiras e proibir aos refugiados de ir a outros países, que são responsáveis por esta situação, não é a solução! O nosso papel hoje, o da Grécia, é muito difícil, a nossa vida se torna difícil, devemos mostrar amor por estas pessoas, mas se deve dizer a elas que a casa deles não pode ser aqui para todos, se deve procurar deixar estas pessoas irem onde querem, encontrar os seus entes queridos em outros países ou retornar para as suas terras. Este lugar não tem oportunidades por causa da crise, de oferecer a eles trabalho e tudo o que eles sonham”.

(JE/Sismografo)

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