(RV) O Arcebispo
de Atenas e de toda a Grécia Hieronimus II, declarou durante um encontro
com o Administrador de Tessalia, Konstantinos Agorastos, que “a Grécia
não pode ser mais ser um depósito de seres humanos”. A informar foi o
site grego de informações religiosas Dogma, que falando do encontro
ocorrido na terça-feira entre o líder político e o religioso, traz
outras declarações: “para a questão dos refugiados – sublinhou Agorastos
– devemos fazer um esforço para o diálogo inter-religioso; para
enfrentar esta situação a União das Regiões gregas está do lado da
Igreja em oferecer todo o conforto possível”.
A região de Tessalia agradeceu o Arcebispo pela sua contribuição na
questão dos refugiados: “a Igreja sempre ajuda quem está na necessidade e
dá uma esperança”, concluiu Agorastos.
O Arcebispo, por sua vez, agradeceu a Agorastos, sublinhando que quer
na região Tessalia como no resto da Grécia, “os bispos entenderam os
problemas e tentaram resolvê-los”. “Deste modo os nossos esforços nos
tornaram todos unidos”, afirmou, acrescentando que “todas as
instituições juntas devem olhar em frente e esquecer as coisas do
passado. O nosso país está em uma situação muito difícil; isto não diz
respeito somente aos problemas da pobreza, do desemprego e da
insegurança. O grande problema é a falta de visão, falta de esperança”. O
Arcebispo concluiu a sua intervenção com uma reflexão apaixonada e
dolorosa:
“O emblema desta falta de visão hoje é representado pela questão dos
refugiados, problema que atinge a Grécia, mas que é de toda a Europa.
Posicionar as cercas e as barreiras e proibir aos refugiados de ir a
outros países, que são responsáveis por esta situação, não é a solução! O
nosso papel hoje, o da Grécia, é muito difícil, a nossa vida se torna
difícil, devemos mostrar amor por estas pessoas, mas se deve dizer a
elas que a casa deles não pode ser aqui para todos, se deve procurar
deixar estas pessoas irem onde querem, encontrar os seus entes queridos
em outros países ou retornar para as suas terras. Este lugar não tem
oportunidades por causa da crise, de oferecer a eles trabalho e tudo o
que eles sonham”.
(JE/Sismografo)
Sem comentários:
Enviar um comentário