(RV) Na
tarde deste sábado dia 2 de abril o Papa Francisco presidiu na Praça de
S. Pedro à Vigília de Oração da Divina Misericórdia. Na sua homilia o
Santo Padre afirmou que “a misericórdia é, antes de mais nada, a
proximidade de Deus ao seu povo. Uma proximidade que se manifesta
principalmente como ajuda e proteção”.
O Papa exortou as dioceses a promoverem uma obra estrutural de misericórdia que perdure no tempo.
Muitas são as faces da misericórdia com que Deus vem ao nosso
encontro – disse o Papa. “São verdadeiramente muitas; é impossível
descrevê-las todas, porque a misericórdia de Deus cresce sem cessar.
Deus nunca Se cansa de a exprimir, e nós não deveríamos jamais
recebê-la, procurá-la e desejá-la por hábito” – afirmou.
Francisco enfatizou que não temos um Deus que não saiba compreender e
compadecer-Se das nossas fraquezas. Pelo contrário, foi precisamente em
virtude da sua misericórdia que Deus Se fez um de nós.
O Papa Francisco ressaltou ainda que a misericórdia vai à procura da
ovelha perdida e, quando a encontra, irradia uma alegria contagiosa. “A
misericórdia sabe olhar cada pessoa nos olhos; cada uma delas é preciosa
para ela, porque cada uma é única” – declarou o Santo Padre.
O Papa lembrou ainda que a misericórdia nos irrequieta e jamais pode
deixar-nos tranquilos. “Não devemos ter medo” – disse ainda o Santo
Padre: “é um amor que nos alcança e envolve de tal maneira que se
antecipa a nós mesmos, permitindo-nos reconhecer a sua face na dos
irmãos.”
Deixemo-nos conduzir docilmente por este amor, e tornar-nos-emos
misericordiosos como o Pai – exortou o Santo Padre lembrando que “uma fé
que não é capaz de ser misericórdia, como são sinal de misericórdia as
chagas do Senhor, não é fé: é ideia, é ideologia.”
E o Papa Francisco concluiu a sua homilia pedindo que seria belo que
cada diocese fizesse uma obra estrutural de misericórdia que perdure no
tempo:
“Que belo seria que como uma lembrança, digamos, um monumento deste
Ano da Misericórdia, que existisse em cada diocese uma obra estrutural
de misericórdia: um hospital, uma casa de repouso para idosos, para
crianças abandonadas, uma escola onde não haja, um hospital, uma casa
para recuperar toxicodependentes… Seria belo que cada diocese pensasse: o
que posso deixar como lembrança viva, como obra de misericórdia viva,
como chaga de Jesus vivo neste Ano da Misericórdia.”
(RS/RL)
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