No Vídeo do Papa”, de maio, Francisco coloca em destaque uma figura especial dentro do clero: os diáconos. E pede que rezemos para que eles “sejam um sinal vivificante para toda a Igreja”.
Cidade do Vaticano
Pelos diáconos, guardiões do serviço da Igreja: por esta intenção, o Papa Francisco pede as orações dos fiés neste mês de maio.
No vídeo produzido mensalmente pela Rede Mundial de Oração do Papa,
Francisco afirma que “os diáconos não são sacerdotes de segunda
categoria”. Pelo contrário, “formam parte do clero e vivem a sua vocação
em família e com a família”.
Os diáconos dedicam-se ao serviço dos pobres e são “os guardiões do serviço na Igreja”.
O ministério eclesiástico, que é o ministério dos homens dedicados ao
serviço de Deus, compreende três graus do sacramento da Ordem
sacerdotal: os bispos, os presbíteros e os diáconos.
“Os diáconos participam de uma maneira especial da missão e da graça
de Cristo. O sacramento da Ordem marca-os com um selo (caráter) que
ninguém pode fazer desaparecer e que os configura com Cristo, que se fez
‘diácono’, isto é, servo de todos.”
A palavra grega diakonia significa serviço, e este é o
espírito que os define na sua função: eles auxiliam no serviço da
Palavra, no serviço da liturgia e no serviço aos mais pobres e
desfavorecidos. Nas palavras do Papa: “Eles estão dedicados ao serviço
dos pobres que carregam em si a face do Cristo Sofredor”.
Antes da ordenação sacerdotal, os padres são ordenados diáconos com
vista do serviço comunitário. Há também os diáconos permanentes, que
vivem segundo o carisma e a vocação de servir os outros, são casados e
vivem “a sua vocação em família e com a família”. Hoje são mais de 46 mil
em todo o mundo.
Dicaconato e promoção da ecologia integral
O Pe. Frédéric Fornos S.J., diretor internacional da Rede Mundial de
Oração do Papa (inclui o MEJ - Movimento Eucarístico Jovem), lembra que
“Jesus, nas suas últimas horas com os seus discípulos, revelou-se como
servo de Deus por excelência. As suas últimas palavras, concretizadas com o
gesto de lavar os pés aos seus discípulos, revelam-no assim no
Evangelho segundo São João. Foi o seu testamento. Ele revela-se como o
Servo sofredor (cf. Is 52,13–53,12). Toda a sua vida foi serviço, serviço
aos mais pobres e vulneráveis. Jesus entende a sua vida assim, como diz
São Mateus: “o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir
e dar a sua vida como resgate por muitos” (Mt 20, 17-28).
O Sínodo dos Bispos para a Amazónia, no nº 104 de seu Documento
Final, diz claramente: “O diaconato de hoje deve também promover a
ecologia integral, o desenvolvimento humano, a pastoral social, o
serviço dos que se encontram em situação de vulnerabilidade e pobreza,
configurando-o ao Cristo Servo, tornando-se uma Igreja misericordiosa,
samaritana, solidária e diaconal”.
Rezemos, como Francisco nos convida em “O Vídeo do Papa”, para que
todos os diáconos, “fiéis ao serviço da Palavra e dos pobres, sejam um
sinal vivificante para a Igreja”.
VN
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