02 novembro, 2017

Ódio, morte, vingança, estes os frutos da guerra - Papa Francisco



(RV) Depois da Missa no Cemitério Americano de Nettuno, o Papa Francisco, regressou a Roma, onde visitou o Sacrário das “Fossas Ardeatinas” e rezou sobre os túmulos dos militares e civis que morreram nesse lugar. “As Fossas Ardeatinas” ficam na periferia sul de Roma. Ali foram trucidadas, pelas tropas nazistas alemãs, a 24 de Março de 1944, 335 italianos. Foi uma represália por os “partigiani” italianos terem morto 33 soldados alemães.
Ali o Papa pronunciou estas palavras:


Deus de Abraão, de Isaac, Deus de Jacó, com este nome te apresentaste a Moisés quando lhe revelaste a vontade de libertar o Teu povo da escravidão do Egipto. Deus de Abraão, Deus de Isaac e de Jacó, Deus que faz aliança com o homem, Deus que se liga com um pacto de amor fiel para sempre, misericordioso e compassivo com cada homem e cada povo que sofre opressão. “Observei a miséria de meu povo, ouvi o seu grito, conheço os seus sofrimentos””.
“Deus dos rostos e dos nomes, Deus de um dos 335 homens trucidados aqui, em 24 de Março de 1944, cujos restos repousam nestes túmulos. Tu, Senhor, conheces as suas faces e os seus nomes: todos, também os 12 que continuam desconhecidos para nós. Para ti, ninguém é desconhecido”.
"Deus de Jesus, Pai nosso que estás nos Céus: graças a Ele, o Crucificado ressuscitado, nós sabemos que o Teu nome - Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó - quer dizer que não és o Deus dos mortos, mas dos vivos, que a Tua aliança de amor fiel é mais forte do que a morte e é garantia de ressurreição".
“Faz, Senhor, que neste lugar consagrado à memória dos caídos pela liberdade e a justiça,  tiremos os calçados do egoísmo e da indiferença e por meio da sarça ardente deste mausoléu, escutemos no silêncio o Teu nome: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó, Deus de Jesus, Deus dos vivos. Amém”.
Antes de deixar o local, o Santo Padre deixou escrito no Livro de Honra as seguintes palavras: “Estes são os frutos da guerra: ódio, morte, vingança. Perdoa-nos, Senhor”.

Grutas do Vaticano
Às 18.30 o Papa já estava no Vaticano, onde se deteve em oração, privadamente, nas Grutas do Vaticano, perante os túmulos dos Papas defuntos.
(DA com JE)


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