Bogotá (RV) – Como tem feito desde a sua chegada à Colombia, também sexta-feira (08/09), o Papa cumprimentou um grupo de pessoas fora da Nunciatura Apostólica, aonde está hospedado em Bogotá.
Estavam presentes membros da Fundação ‘Vítimas Invisíveis’, que sensibiliza sobre o drama das vítimas,
dando-lhes nome e voz, para que os seus direitos sejam reconhecidos e a
informação corrigida. A Dra. Diana Sofía Giraldo, Presidente da
Fundação, dirigiu algumas palavras ao Pontífice.
A Associação ‘Caminhos de Esperança, Mães da Candelária’ também participou do encontro.
Fundada em 1999, esta entidade assiste amigos e familiares de pessoas
desaparecidas, sequestradas ou mortas durante o longo conflito
colombiano.
O Papa dirigiu palavras de agradecimento a todos:
“Obrigado pelo ‘hospital de campo’; obrigado porque portas foram abertas e continuam sendo abertas. Obrigado por aqueles que se fazem coragem ao entrar, que olham para frente, querendo entrar e não sabendo como fazê-lo”.
“Obrigado por aceitar tanta privação, sabendo que ficou sem nada, e que mesmo se quis fazer algo, não conseguiu, mas proclamou diante de todos aquela frase que nunca esquecerei: ‘Deus faz com que eu perdoe’”.
“Muitos ainda não conseguem perdoar, mas hoje, recebemos uma aula de teologia, de alta teologia: ‘Deus faz com que eu perdoe’. Deixemos que Ele o faça’”.
“Toda a Colômbia deve abrir suas portas, como este hospital de campo o fez. E deixar que Ele entre e que Ele nos permita perdoar. Permitam-no: ‘Olha, eu não consigo... faça-o’”.
“A reconciliação concreta, com a verdade, a justiça e a misericórdia, pode ser realizada somente por Ele. Que Ele o faça. E nós aprenderemos com Ele a fazê-lo”.
“Obrigado pelo que fazem, obrigado. E obrigado pelo que me ensinaram esta noite”.
Despedindo-se, antes de rezar a Ave Maria e abençoar todos, o Papa ainda lembrou que “aos pés da Cruz estava a Mãe, a quem extirparam o filho, viu a tortura e tudo. Que Ela acompanhe as mulheres colombianas e lhes ensine o caminho a seguir”.
(cm)
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