12 setembro, 2017

Papa exorta líderes mundiais a buscar o bem comum da humanidade



Cidade do Vaticano (RV) –  “Encorajo os líderes do mundo a pôr de lado interesses setoriais para buscar juntos o serviço do bem comum da humanidade”. Com este tweet publicado em sua conta _Pontifex em nove línguas, o Papa Francisco lança um apelo aos líderes mundiais por ocasião da abertura esta terça-feira em Nova Iorque da 72ª Sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas,.

Esta exortação retoma o apelo pronunciado pelo próprio Pontífice durante o histórico encontro na ONU em 25 de setembro de 2015, oportunidade em que pediu para que fosse superada “a desordem provocada pelas ambições incontroladas e pelos egoísmos coletivos”, dos quais derivam ainda hoje guerras, misérias, injustiças e abusos de todo o tipo.

Diante da Assembleia Geral da ONU, o Pontífice sublinhava antes de tudo a necessidade de “uma participação e uma incidência real e equitativa nas decisões” em nível mundial, referindo-se em particular aos órgãos “com efetiva capacidade executiva, como o Conselho de Segurança da ONU, os organismos financeiros e os grupos ou mecanismos especificamente criados para enfrentar as crises econômicas”.

“Isto – havia afirmado – ajudará a limitar qualquer tipo de abuso ou usura especialmente em relação ao desenvolvimento sustentável dos países e para evitar a asfixiante submissão de tais países a sistemas de crédito que, bem longe de promover o progresso, submetem as populações a mecanismos de maior pobreza, exclusão e dependência”.

O Papa dirigiu-se à ONU indicando com veemência o caminho a ser percorrido para realizar o bem comum da humanidade: “Sem o reconhecimento de alguns limites éticos naturais intransponíveis e sem a imediata implementação daqueles pilares do desenvolvimento humano integral, o ideal de “salvar as futuras gerações do flagelo da guerra” e de “promover o  progresso social a um mais elevado nível de vida dentro da mais ampla liberdade”, corre o risco de se tornar uma miragem inatingível, ou pior ainda, palavras vazias que servem como desculpa para qualquer abuso e corrupção, ou para promover uma colonização ideológica mediante a imposição de modelos e estilos de vida anómalos, estranhos à identidade dos povos e, em última análise, irresponsáveis”. (JE/SC)

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