Fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro
para a oração do Angelus com o Papa
(AFP or licensors)
“Com Jesus ao lado pode-se prosseguir com segurança, podem-se superar as provações, progride-se no amor a Deus e aos próximo. Jesus fez-se dom para os outros,
tornando-se assim modelo de amor e de serviço para cada um de nós”,
disse Francisco.
Raimundo de Lima - Cidade do Vaticano
“Sem a verdade, que é mesmo Cristo, não é possível encontrar a justa
orientação da vida. Quando nos distanciamos de Jesus e do seu amor, perdemos-nos e a existência transforma-se em desilusão e insatisfação.” Foi o
que disse o Papa Francisco na alocução que precedeu a oração do
Angelus, ao meio-dia deste domingo (22/07), na qual deteve-se sobre à
página do Evangelho proposta para a liturgia do dia.
O Evangelho de hoje (Mc 6,30-34), disse o Papa, conta-nos que os
apóstolos, após a primeira missão, voltam a Jesus e lhe dizem “tudo
aquilo que tinham feito e ensinado”. Após a experiência da missão,
certamente entusiasmante, mas também cansativa, frisou Francisco, eles
precisam de repouso.
O Pontífice ressaltou que Jesus preocupou-se em assegurar-lhes um
pouco de alívio, convidando-os a um lugar deserto onde pudessem recobrar
as forças, mas que a multidão, tendo intuído para onde iam, correu
chegando ao lugar antes deles, mudando assim o programa.
Flexibilidade e disponibilidade às necessidades dos outros
“O mesmo pode acontecer também hoje. Por vezes não conseguimos
realizar os nossos projetos, porque surge um imprevisto urgente que acaba
com os nossos programas e requer flexibilidade e disponibilidade às
necessidades dos outros.”
Nestas circunstâncias, exortou o Papa, “somos chamados a imitar
aquilo que fez Jesus: ‘Tendo descido da barca, ele viu uma grande
multidão, teve compaixão dela, porque eram como ovelhas sem pastor, e
colocou-se a ensinar-lhes muitas coisas’”.
Francisco destacou que o evangelista oferece-nos aqui um flash
de singular intensidade, fotografando os olhos do Divino Mestre e o seu
ensinamento. “Observamos os três verbos deste fotograma: ver, ter
compaixão, ensinar. Podemos chamá-los os verbos do Pastor.”
“O olhar de Jesus não é um olhar neutro ou, pior, frio e
distanciado, porque Jesus olha sempre com os olhos do coração. E o seu
coração é tão tenro e repleto de compaixão, que sabe colher inclusive as
necessidades mais escondidas das pessoas.”
Jesus Cristo, realização da solicitude e cuidados de Deus para com o seu povo
Francisco frisou ainda que Cristo mostra com isto a atitude e a
predisposição de Deus para com o homem e a sua história. “Jesus
apresenta-se como a realização da solicitude e cuidado de Deus para com o
seu povo”, acrescentou.
O Papa quis evidenciar que o primeiro pão que o Messias oferece à
multidão faminta e cansada é o pão da Palavra. “Todos nós precisamos da
palavra da verdade, que nos guie e ilumine o nosso caminho”, prosseguiu.
Veja também
Angelus de 22 de julho de 2018
“Com Jesus ao
lado pode-se prosseguir com segurança, podem-se superar as provações, progride-se no amor a Deus e ao próximo. Jesus fez-se dom para os outros,
tornando-se assim modelo de amor e de serviço para cada um de nós.”
Francisco concluiu fazendo votos de que Maria Santíssima nos ajude a
assumir os problemas, sofrimentos e dificuldades de nosso próximo,
mediante uma atitude de partilha e de serviço.
Saudação a fiéis e peregrinos
Dirigindo-se aos vários grupos de fiéis e peregrinos presentes na
Praça São Pedro, o Papa fez uma saudação particular aos fiéis da Diocese
de Rio do Sul – SC do Brasil, e aos jovens da Diocese de Sevilha, de Espanha,
além de grupos paroquiais e associações.
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