14 julho, 2018

Igreja na Nicarágua condena agressão a bispos e sacerdotes



Após as agressões sofridas, a Igreja da Nicarágua suspendeu
temporariamente o diálogo nacional, agora retomado (AFP or licensors)

O Papa Francisco convida a prosseguir o diálogo, após as agressões sofridas por três bispos na última segunda-feira. O país é palco de greves e manifestações desde abril. 

Cidade do Vaticano 

O arcebispo de Manágua, cardeal Leopoldo Brenes, falou à TV2000 dos bispos italianos depois das agressões sofridas na última segunda-feira por ele e pelo núncio apostólico Dom Waldemar Stanislaw Sommertag, o bispo auxiliar de Manágua, Dom Silvio Baez e Dom Miguel Mantica, por parte de ativistas próximos do governo Ortega.

Os atos de violência ocorreram quando os prelados foram expressar a sua proximidade a uma comunidade eclesial na cidade de Diriamba, pelas quatro mortes dos seus membros ocorridas durante manifestações contra o governo.

"O diálogo - disse o cardeal Brenes - é a única maneira de chegar à pacificação do país. O Papa encoraja-nos a continuar com o trabalho de diálogo, a manter a unidade da Conferência Episcopal e estar próximo da nossa população no seu sofrimento. Ele oferece a sua oração para que possamos continuar a nossa missão".

Ver também:

Bispos da Nicarágua: Não nos vamos retirar do diálogo, apesar das hostilidades:

Igreja na Nicarágua condena agressões a bispos e sacerdotes:

"Humanamente - disse o purpurado - temos medo, mas o acompanhamento dos nossos sacerdotes através da oração é uma força constante para nós".

O núncio na Nicarágua, Dom Waldemar Stanislaw Sommertag, disse que o Papa Francisco está "muito preocupado" com o ato de agressão contra os três bispos ocorrido na última segunda-feira e pede "que sejam respeitados os direitos humanos" de todos, não só dos bispos." “Nós deixamos de lado as ameaças e confiamos em Deus, que é o Senhor da história, da vida e de cada um de nós."

Hoje é o terceiro dia de uma greve geral convocada pela oposição para exigir a renúncia do presidente Ortega. Ontem houve novos confrontos. Os Estados Unidos estão a trabalhar com outros países americanos para encontrarem uma resolução a apresentar à OEA, para solicitar ao Presidente Ortega um calendário que leve o país a novas eleições, em breve. Ortega disse que vai permanecer no cargo até 2021.

São mais de 300 os mortos desde o início dos confrontos em meados de abril.

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VATICAN NEWS

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