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Papa Francisco na Sala Paulo VI, diante de quadro de Jesus com o fundador da Família
do Preciosíssimo Sangue
(Vatican Media)
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Manuel Tavares - Cidade do Vaticano
O Papa Francisco propôs três aspetos,
para o caminho de fé e de apostolado dos membros do Preciosíssimo
Sangue: coragem da verdade, atenção com todos e capacidade de fascinar e
comunicar.
Manuel Tavares - Cidade do Vaticano
O Papa Francisco concluiu as suas atividades na manhã deste sábado
(30/6), recebendo na Sala Paulo VI, no Vaticano, cerca de 3.000
participantes no Encontro promovido pela Família do Preciosíssimo
Sangue, composta pelas Sociedades de Vida Apostólica, Institutos
religiosos masculinos e femininos e Associações de Leigos, que se
inspiram na espiritualidade do Sangue de Jesus.
No seu discurso aos numerosos presentes, o Santo Padre disse que o
mês de julho, que está para iniciar, é consagrado ao Preciosíssimo
Sangue de Cristo e recordou:
“Desde os primórdios do Cristianismo, o mistério do amor
do Sangue de Cristo fascinou muitas pessoas, inclusive os seus santos
Fundadores e Fundadoras. Eles cultivaram esta devoção colocando-a como
base das suas Constituições, porque entenderam, com a luz da fé, que o
Sangue do Redentor é fonte de salvação para o mundo”.
O sangue, explicou o Papa, é o sinal mais eloquente para manifestar o
amor supremo da vida entregue aos outros. Esta doação repete-se em
todas as celebrações Eucarísticas, como nova e eterna Aliança, derramado
por todos em remissão dos pecados:
“A meditação do sacrifício de Cristo leva-nos a fazer
obras de misericórdia, dando a nossa vida por Deus e pelos irmãos. A
meditação do mistério do Sangue de Cristo, derramado na cruz pela nossa
salvação, conduz-nos aos sofredores, excluídos pela sociedade consumista
e indiferente. Nesta perspetiva, reveste-se de importância o serviço
que vós prestais à Igreja e à Sociedade”.
Por isso, Francisco propôs à Família do Precisíssimo Sangue três aspetos para ajudar nas suas atividades e testemunho cristão: coragem da verdade, atenção com todos e capacidade de fascinar e comunicar. Falando sobre o primeiro aspeto, ou seja, sobre a coragem da verdade, o Papa disse:
“É importante ser pessoas corajosas, edificar comunidades
corajosas, que não têm medo de afirmar os valores do Evangelho e a
verdade sobre o mundo e o homem. Trata-se de falar claro diante dos
ataques contra a vida humana, dos males sociais, da dignidade da pessoa
humana e das várias formas de pobreza”.
O testemunho dos discípulos de Jesus, disse Francisco, deve ser dado
na vida paroquial e nos bairros, sem ser indiferentes, mas transformando
os corações e a vida das pessoas. Aqui, o Papa falou sobre o segundo
aspecto: a atenção com todos, sobretudo com os distantes:
“Na sua missão, vós sois chamados a aproximarem-se de
todos, fazerem-se entender por todos, serem ‘populares’, ou seja, ter uma
linguagem com a qual todos possam compreender a mensagem evangélica. Os
destinatários do amor e da bondade de Jesus são todos aqueles que estão
próximos, mas sobretudo os distantes”.
Por isso, sugeriu Francisco, é preciso descobrir as formas mais
apropriadas para aproximar os irmãos, nas suas casas, ambientes sociais e
nas ruas, como faziam os discípulos de Jesus. Sejam imagens de uma
Igreja que caminha pelas ruas, entre as pessoas, até arriscando a
própria vida.
Por fim, o Santo Padre explicou o terceiro aspecto para ajudar a
Família do Preciosíssimo Sangue nas suas atividades e testemunho de
vida: a capacidade de fascinar e comunicar:
“Esta capacidade refere-se à pregação, à catequese, ao
aprofundamento da Palavra de Deus. Trata-se de envolver as pessoas na fé
cristã e numa nova vida em Cristo. Assim fazia Jesus: dialogava com o
povo para revelar o seu mistério. Por isso, é preciso imitar o etilo da
pregação de Jesus”.
Depois de propor estes três aspetos, úteis para o caminho de fé e do
apostolado dos membros do Preciosíssimo Sangue de Cristo, Francisco
recordou: “Nunca devemos esquecer que a verdadeira força do testemunho
cristão deriva do Evangelho de Jesus”.
Por fim, o Papa citou alguns Santos místicos e Padres da Igreja que
deram maior impulso à devoção do Preciosíssimo Sangue, entre os quais
São Gaspar de Búfalo, sacerdote romano, fundador dos Missionários do
Preciosíssimo Sangue, que, com a sua caridade e humildade soube ser
portador de reconciliação e de paz, sobretudo entre os mais necessitados
e excluídos da sociedade.
VATICAN NEWS
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