Papa Francisco e um idoso
(Vatican Media)
Nesta sexta-feira (15/06) celebra-se o
Dia Mundial da Conscientização contra o Abuso de Idosos, instituído pela
ONU em 2006. Para a ocasião a Comunidade de Santo Egídio que atua em
mais de 70 países do mundo na defesa do direito dos idosos lança um
apelo.
Cidade do Vaticano
Com o aumento constante da população de idosos em todo o mundo
(809.743.000 dos 7 biliões de habitantes) devido ao prolongamento da
vida e os progressos da medicina, as nossas sociedades não parecem
preparadas para viver de modo positivo a presença de tantos idosos. Ao
ponto a que se espalha cada vez mais uma cultura que não aceita ou não
sabe tratar a fragilidade humana. É justamente nesta mentalidade que se
enraízam abusos que nos deparamos cada vez mais no dia a dia: fraudes,
golpes, falta de assistência e cuidado adequado, maus-tratos, que muitas
vezes levam à morte.
Comunidade de Santo Egídio
Neste dia a Comunidade de Santo Egídio de Roma, que atua em mais de
70 países do mundo na defesa do direito dos idosos, em especial na
assistência dos mais pobres, lança um apelo que divide em alguns pontos,
entre os quais sugere o desenvolvimento de uma rede de relações
sociais, atualmente muito fragmentadas nas sociedades onde viver sozinho
está a tornar-se um modelo dominante. Para combater a solidão sugere um
programa que existe há alguns anos em Itália: “Viva os idosos”, que faz
da luta contra o isolamento social e o apoio à fragilidade, a base da
própria atividade. O programa faz um controle ativo da população idosa,
principalmente os que vivem sozinhos, e teve resultados muito positivos,
ou seja, determinou um importante melhoramento na qualidade de vida das
pessoas e a redução de custos na assistência pública.
Diretos dos Idosos
Outro ponto fundamental é tutelar os direitos dos idosos, em
particular a liberdade de como e onde viver a própria vida. De facto, em
muitos países do mundo, sobretudo nos mais ricos, colocar os idosos em
casas de repouso torna-se muitas vezes, uma escolha obrigatória, pela
carência de serviços nos territórios e a domicílio. Assim como, com
frequência, registam-se verdadeiros abusos em estruturas destinadas a
garantir uma existência digna aos que não têm mais condições de viver
autonomamente a própria vida, tornando-se lugares de humilhação. É
preciso transformar os lares para idosos em estruturas abertas ao mundo
externo, com horário de visitas sem excessivas limitações (por exemplo
nos horários) e permitir a saída dos idosos se desejarem, no respeito da
segurança pessoal.~
Habitações coletivas
Enfim uma sugestão moderna, já bem enraizada na Europa e sem muitas
dificuldades de ser aplicada: as habitações coletivas (cohousing) onde
os idosos decidem viver juntos para combater a solidão e enfrentar as
dificuldades económicas, uma resposta humana e praticável.
VATICAN NEWS
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