Papa celebra a missa na Casa Santa Marta
(Vatican Media)
"Não somos protagonistas dos nossos
méritos", disse o Papa Francisco na homilia, afirmando que o cristão
deve ser sal e luz para os outros.
Debora Donnini - Cidade do Vaticano
Ser sal e luz para os outros, sem se atribuir méritos. Este é o
simples testemunho cotidiano ao qual o cristão é chamado: palavras
pronunciadas pelo Papa Francisco na homilia da missa celebrada na
terça-feira (12/06) na capela da Casa Santa Marta.
O simples testemunho habitual
O maior testemunho do cristão é dar a vida como fez Jesus, isto é, o
martírio. Mas há também outro testemunho, de todos os dias, que começa
pela manhã quando se acorda, e termina à noite, quando se vai dormir: “o
simples testemunho habitual”.
Sal e luz
“Parece pouco”, mas o Senhor “com pouco faz milagres, faz
maravilhas”, afirmou Francisco. Portanto, é preciso ter uma atitude de
“humildade”, que consiste em tentar ser somente sal e luz:
Sal para os outros, luz para os outros, porque o sal não dá sabor a
si mesmo, sempre ao serviço. A luz não se ilumina a si mesma, sempre ao
serviço. Sal para os outros. Pouco sal que ajuda nas refeições, mas
pouco. No supermercado, o sal não é vendido em toneladas, não… Pequenos
pacotes; é suficiente. E depois, o sal não se orgulha de si mesmo porque
não está ao serviço de si mesmo. Está sempre ali para ajudar os outros:
ajudar a preservar as coisas, a dar sabor às coisas. Simples testemunho.
Nenhum mérito
Portanto, reiterou o Papa, ser cristão de todos os dias significa ser luz “para as pessoas, para ajudar nas horas de escuridão”:
O Senhor diz-nos assim: “és sal, és luz”- “Ah, verdade!
Senhor, é assim. Vou atrair tantas pessoas para a igreja e farei…” –
“Não, vais fazer de modo que os outros vejam e glorifiquem o Pai. E
não será atribuído a ti nenhum mérito. Quando comemos não dizemos:
“Ah, bom o sal!”, Não!: “Bom o macarrão, boa a carne, boa …”. Não
dizemos: “Que bom o sal”. À noite, quando vamos para casa, não dizemos:
“Que boa a luz”, não. Ignoramos a luz, mas vivemos com aquela luz que
ilumina. Esta é uma dimensão que faz com que nós cristãos sejamos
anónimos na vida.
“Não somos protagonistas dos nossos méritos”, destacou ainda o Papa,
reiterando que não é preciso fazer como o fariseu, que agradece ao
Senhor pensando ser santo:
E uma bela oração para todos nós, no final do dia, seria perguntar a si mesmo: “Fui sal hoje? Fui luz hoje?”. Esta é a santidade de todos os
dias. Que o Senhor nos ajude a entender isso.
VATICAN NEWS
Sem comentários:
Enviar um comentário