22 junho, 2018

Papa: Igrejas Orientais católicas testemunhas vivas das origens apostólicas

 
 Papa Francisco Reunião ROACO  (Vatican Media)
 
Francisco: “Com a ajuda da ROACO os filhos mais distantes no Médio Oriente podem ser ouvidos, amados e acompanhados como Igreja do Ressuscitado, no meio dos desafios e sofrimentos espirituais e materiais”.
 
Cidade do Vaticano: 22.6.2018
 
Na sua série de atividades, o Santo Padre recebeu em audiência, na Sala do Consistório, no Vaticano, na manhã desta sexta-feira (22/6), cerca de 100 participantes da 91ª Assembleia Plenária da ROACO, - Reunião das Obras de Ajuda às Igrejas Orientais – que, este ano, comemora o bseu 50° aniversário de fundação.

O Papa no seu discurso, que foi entregue, enviou a sua grata saudação aos Representantes Pontifícios nos Países médio-orientais, que, diariamente, acompanham o caminho esperançoso das populações cristãs e de outras tradições religiosas em terras, infelizmente, marcadas por conflitos e sofrimentos. E Francisco acrescentou:

Depois do centenário de atividades da ROACO, que acaba de se encerrar, este organismo vive o seu ano jubilar. Por isso, convido-vos a recordar, com gratidão, o tempo transcorrido e todos os que contribuíram para a sua ação caritativa. Graças à generosidade de muitos fiéis do mundo, com projetos e apoio material, permitiram às Igrejas Orientais católicas desenvolverem-se e darem testemunho evangélico”.
 
Trata-se, disse Francisco, de um testemunho duramente provado, entre sofrimentos e perseguições, antes, por regimes totalitários e, depois, por formas de fundamentalismo e fanatismo, com pretexto religioso, e por intermináveis conflitos e migrações forçadas no Médio Oriente:

Tudo isto é expressão do rosto sofredor da Igreja de Cristo, que anuncia o Evangelho, com palavras e obras, tornando presente a caridade divina entre os homens. Neste sentido, o ano da graça do Senhor  tem sempre uma dimensão de libertação interior, do coração do homem oprimido pelo pecado, e exterior, na vida nova dos redimidos”.
 
As Igrejas Orientais católicas, explicou o Papa, são testemunhas vivas das origens apostólicas; elas são chamadas, de modo especial, a manter e difundir a centelha do fogo pentecostal e a redescobrir a sua presença profética, nos lugares por onde peregrinam. Começando por Jerusalém, onde a presença dos cristãos, como pequeno rebanho, obtém a força do Espírito para a sua missão de dar testemunho de Jesus Cristo. E o Papa acrescentou:

Possa, dos Lugares Santos, - onde o desígnio de Deus se realizou com o mistério da Encarnação, Morte e Ressurreição de Cristo – brotar um renovado espírito de fortaleza, para animar os cristãos da Terra Santa e do Médio Oriente  a compreender a sua vocação peculiar e testemunhar a sua fé e esperança”.
 
O Santo Padre concluiu o seu pronunciamento aos membros da ROACO exortando os filhos e filhas das Igrejas Orientais católicas a manter o seu dom profético e de anúncio do Evangelho de Jesus também em contextos, cada vez mais secularizados, do nosso Ocidente, onde chegam incontáveis migrantes e refugiados. Por fim, o Papa disse:

Graças às atividades da ROACO, através dos seus gestos de solidariedade e caridade para ajudar as Igrejas Orientais, o Sucessor de Pedro pode continuar a sua missão de buscar percursos para a unidade visível de todos os cristãos”. Com a sua ajuda, os filhos mais distantes podem ser ouvidos, amados e acompanhados como Igreja do Ressuscitado, no meio dos desafios e sofrimentos espirituais e materiais, no Médio Oriente e na Europa Oriental”.
 
VATIVAN NEWS

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