(RV) Antes
da oração mariana do Regina Coeli, e dirigindo aos milhares de fiéis e
peregrinos vindos da Itália e do mundo, Francisco comentou o Evangelho
deste domingo, dito do bom pastor, em que Jesus se apresenta com as
imagens de pastor e porta do redil, que se complementam, disse o Papa.
Ao rebanho se aproximam diversas pessoas: há quem entra no recinto
passando pela porta e quem "sobe por outra parte" – explicou o Papa - o
primeiro é o pastor, o segundo um estranho que não ama as ovelhas.
Jesus identifica-se com o primeiro e manifesta uma relação de
familiaridade com as ovelhas, expressa através da voz com a qual as
chama, e que elas reconhecem e seguem. Ele as chama para levá-las para
fora, às pastagens verdes onde encontram boa comida.
A segunda imagem com a qual Jesus se apresenta é a da "porta das
ovelhas", pois ele diz: "Eu sou a porta: se alguém entrar por mim, será
salvo", isto é, terá a vida e a terá em abundância. Cristo, Bom Pastor,
tornou-se a porta da salvação da humanidade, pois ele ofereceu a vida
pelas suas ovelhas – ressaltou o Papa acrescentando:
“Jesus, bom pastor e porta das ovelhas, é um chefe cuja autoridade se
exprime no serviço, um chefe que para mandar dá a vida e não pede aos
outros para sacrificá-la. Um chefe assim pode-se confiar, como as
ovelhas que ouvem a voz do seu pastor, porque sabem que com ele vai-se a
pastagens boas e abundantes”.
Assim é Cristo para nós, continuou Francisco, convidando a cada qual a
não racionalizar demasiado a fé mas antes a cuidar da sua dimensão
espiritual e afectiva para se ligados por um vínculo especial ao Senhor
como as ovelhas ao seu pastor, como aconteceu com os dois discípulos de
Emaús. É a maravilhosa experiência de sentir-se amado por Jesus, pois
para Ele nunca somos estranhos, mas amigos e irmãos. Mas também advertiu
o Papa:
“No entanto, nem sempre é fácil distinguir a voz do bom pastor.
Estejam atentos: há sempre o perigo do ladrão, do salteador e o falso
pastor. Há sempre o risco de se distrair com o ruído de muitas outras
vozes. Hoje somos convidados a não nos deixarmos enganar pelas falsas
sabedorias deste mundo, mas a seguir Jesus, o Ressuscitado, como o único
guia seguro que dá sentido à nossa vida”.
Neste Dia Mundial de oração pelas vocações sacerdotais, concluiu
Francisco, invoquemos a Virgem Maria para que acompanhe os dez novos
sacerdotes e venha em auxílio daqueles que Ele, o Senhor, chama para que
estejam prontos e generoso em seguir a sua voz.
Depois do Regina Coeli Francisco falou das beatificações, ontem, em
Gerona, Espanha, de Antonio Arribas Hortigüela e seis companheiros,
religiosos da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração. Estes
fiéis e heróicos discípulos de Jesus, disse o Papa, foram mortos por
ódio à fé em tempos de perseguição religiosa. Que o seu martírio, aceite
por amor de Deus e pela fidelidade à sua vocação, desperte na Igreja o
desejo de testemunhar com coragem o Evangelho da caridade.
E o Papa saudou cordialmente os milhares de fiéis e peregrinos,
vindos da Itália e do resto do mundo e, em particular, saúdo a
associação "Meter", que há mais de duas décadas se opõe a todas as
formas de abuso infantil. Muito obrigado pelo vosso empenho na Igreja e
na sociedade; continuai sempre em frente com coragem! – frisou o Papa.
A concluir Francisco recordou a festa de Nossa Senhora do Rosário de
Pompeia que amanhã se celebra. Neste mês de maio, acrescentou o Santo
Padre, rezemos o Rosário especialmente pela paz, como pediu a Virgem em
Fátima, onde irei em peregrinação dentro de poucos dias, por ocasião do
centenário da primeira aparição.
E a todos o Papa desejou um bom domingo pedindo, por favor, para que não nos esqueçamos de rezar por ele. (BS)
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