“Este já é o meu
sexto Natal como Bispo de Roma, e confesso que aqui conheci muitos
santos e santas. Geralmente, são pessoas que trabalham no escondimento,
com simplicidade e modéstia, mas são pessoas alegres, devido à sua
serenidade interior que transmitem aos outros”, disse Francisco.
Manoel Tavares - Cidade do Vaticano
O Santo Padre encontrou no final da manhã desta sexta-feira, na Sala
Paulo VI, os Funcionários da Santa Sé e do Estado da Cidade do
Vaticano, com suas respectivas famílias, para as felicitações de Natal.
Falando sobre a Natividade de Jesus, celebrada no mundo inteiro, o Papa explicou:
“O Natal é, por excelência, uma festa alegre, mas, muitas vezes,
percebemos que as pessoas e, talvez, nós mesmos, estamos preocupados com
tantas coisas que, no final, não há alegria, ou, se existir, seria
muito superficial. Porquê?”
E o Papa respondeu a esta questão citando uma expressão do escritor
francês, Léon Bloy: "Só há uma tristeza... a de não serem santos". Logo, o
contrário da tristeza é a alegria, que está ligada ao facto de serem
santos. A mesma coisa acontece com a alegria do Natal.
Neste sentido, Francisco convidou a olhar para o presépio: quem está feliz no presépio? E respondeu:
“Quem está feliz no presépio são Nossa Senhora e São José. Eles
ficam repletos de alegria ao olhar o Menino Jesus na manjedoura; ficam
felizes porque, depois de tantas preocupações, aceitaram este dom de
Deus, com muita fé e amor. Eles transbordam de santidade, de alegria”.
Muitos podem pensar que isto é fácil, porque são os pais de Jesus.
Pelo contrário, não foi fácil para eles, pois não nasceram santos, mas tornaram-se. Depois, Francisco recordou também a grande alegria dos
Pastores. Eles são santos porque, ao receberem o anúncio dos Anjos,
foram imediatamente até à gruta e viram o sinal que a Estrela lhes tinha
indicado: uma Criança na manjedoura.
Logo, disse o Santo Padre, a santidade deles está representada na sua
capacidade de se maravilharem diante dos dons de Deus, das suas
"surpresas". E, neste caso, o maior presente e a maior e nova surpresa é
Jesus.
Olhando o presépio, vemos outros tantos personagens que vão adorar o
recém-nascido, que representam as diversas classes da sociedade. O gesto
deles é santificado pela presença do Menino Jesus, que veio entre nós.
E, referindo-se ao mundo do trabalho dos numerosos funcionários da
Santa Sé e do Vaticano, o Papa disse que também ali há santidade. E
acrescentou:
“Este já é o meu sexto Natal como Bispo de Roma, e confesso que aqui
conheci muitos santos e santas. Geralmente, são pessoas que trabalham
no escondimento, com simplicidade e modéstia, mas são pessoas alegres,
devido à sua serenidade interior que transmitem aos outros”.
Mas, de onde vem esta serenidade, perguntou o Pontífice? Provém
sempre de Jesus, o Emanuel, Deus connosco. Ele é a fonte da nossa
alegria, tanto pessoal, como familiar e no trabalho.
O Santo Padre concluiu o seu pronunciamento, por ocasião da Natividade
do Senhor, fazendo votos de que todos sejam santos e felizes, com o
nosso caráter, os nossos defeitos e até nossos pecados. Por fim, exortou:
“Queridos irmãos e irmãs, não tenhamos medo da santidade, pois ela é o caminho da alegria. Feliz Natal a todos!”.
VN
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