Neste final de ano e começo de um novo ano recordo uma das
muitas coisas que o meu pai nos ensinou, em família, dizendo que a gratidão era
a “coisa” mais importante, pois tudo envolvia: a humildade, a entrega, o amor.
Ao ler o versículo, em título, do Evangelho de hoje,
reconheço, sem dúvida, como nós homens somos ingratos.
Deus fez o mundo e entregou-o nas nossas mãos, para que o
“enchêssemos e dominássemos” (Gen 1, 28), não como ditadores, como déspotas,
mas como o próprio Deus se nos revela, em amor e por amor.
Nós, homens, no entanto, não só vamos destruindo o mundo com
toda a nossa ganância e egoísmo, como, (certamente porque não suportamos a
culpa disso mesmo), vamos querendo afastar Deus da sua obra, não só do mundo,
mas, sobretudo, da sua obra mais perfeita, (porque feita à sua imagem e
semelhança), do Homem.
E isto porque não somos gratos, e não somos gratos, porque
não somos humildes, porque não sabemos receber e não sabemos dar, enfim porque
não amamos como Ele nos ensinou a amar.
Por isso o meu desejo mais profundo, o meu voto mais
sentido, o meu pedido ao Senhor de todas as coisas neste novo ano que vai
começar, é que, mais uma vez e sempre tenha compaixão de nós e nos ajude e leve
a perceber que Ele está no mundo, que Ele fez o mundo, e que só conhecendo-O
poderemos verdadeiramente alcançar a felicidade que todos desejamos nesta
quadra uns aos outros, a maior parte das vezes apenas por palavras de
circunstância e sem o amor verdadeiro, ou seja, o amor que Ele nos dá primeiro,
para nós recebermos e darmos uns aos outros, em humildade, entrega e gratidão.
Marinha Grande 31 de Dezembro de 2018
Joaquim Mexia Alves
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