20 dezembro, 2018


A Luz da Paz de Belém chegou a Lisboa. Trazida desde a cidade onde Jesus nasceu, a chama que foi distribuída por cerca de 110 paróquias do Patriarcado pretende transformar-se num sinal de “claridade, beleza e esperança” para inúmeras vidas, como lembrou o Cardeal-Patriarca, na celebração de distribuição da luz, na Sé de Lisboa.

 
Tudo começou há alguns anos quando um agrupamento de escuteiros de Lisboa soube da existência de uma celebração em Espanha, onde era partilhada a luz trazida de Belém, a cidade Natal de Jesus. Foram trazendo a luz para si e para os amigos e, desde há cinco, seis anos, esta iniciativa começou a ser assumida pela Junta Central do CNE – Corpo Nacional de Escutas e, posteriormente, pelas juntas regionais. Hoje, a Luz da Paz de Belém “é um momento congregador para todos”, classifica o padre Jorge Sobreiro, assistente do CNE de Lisboa. Na noite do passado dia 17 de dezembro, em pleno Advento, esta iniciativa foi um sinal que mostrou que, “mesmo no meio dos afazeres, há uma luz que vence a nossa escuridão”, aponta o sacerdote. A escolha da Sé Patriarcal de Lisboa para esta celebração pretende, desde logo, evidenciar a dimensão diocesana da iniciativa e não apenas de um grupo de escuteiros. “Procura-se que esta celebração não seja apenas dos escuteiros – claro que nos marca a todos, escuteiros – mas que seja diocesana. Isso penso que temos conseguido fazer e existem muitas paróquias a inscreverem-se” para que esta luz possa ser levada para cada vez mais casas.

Partilhar
Belém, Viena, Guarda, Lisboa. Este foi o percurso feito pela chama que chegou à Sé de Lisboa, na passada segunda-feira, 17 de dezembro, para ser partilhada. Responsável por garantir o transporte da luz desde a Sé da Guarda até ao Patriarcado esteve o agrupamento de escuteiros da Paróquia de Moscavide, na Vigararia Lisboa II. Em declarações ao Jornal VOZ DA VERDADE, a chefe do agrupamento 582, Paula Mendonça, destaca a importância desta iniciativa para a motivação do clã com 14 elementos, entre os 18 e os 22 anos. “Era um desafio que eles, já no ano passado, tinham tentado fazer e não conseguiram. Para o nosso clã, foi muito importante porque temos muito o sentido de partilha. Tudo o que eles fazem, querem partilhar com todos. Por isso, trazer a luz, desde a Guarda, para partilhá-la por toda a região de Lisboa foi muito importante”, considera.

Comunidade
Outro dos pontos destacados por esta responsável é a dimensão comunitária e “muito importante” trazida por esta iniciativa. Quando o agrupamento sugeriu fazer esta celebração diocesana na sua própria paróquia, e depois de ter sido indicada a Sé como local preferencial, uma vez que é a “igreja mãe” de toda a diocese, surgiu o convite para o agrupamento de escuteiros de Moscavide ir buscar a Luz da Paz de Belém à Guarda. “O nosso assistente e pároco, padre José Fernando, ficou felicíssimo, porque a paróquia e agrupamento mostrou união. Foi muito importante”, considera.Uma vez chegada a luz à Paróquia de Moscavide, a vontade do clã em partilhar a luz continuou. Em vez de se distribuir a luz apenas numa única celebração, “este ano, os pioneiros, quiseram ser eles a ir levar a luz às pessoas”, revela Paula Mendonça. “Muita gente não pode deslocar-se à igreja para ir buscar a luz; então, eles propuseram levar a luz a casa das pessoas. No entanto, a luz estará presente em todas as celebrações da paróquia e quem quiser pode levar a luz”, refere esta chefe do agrupamento, valorizando a “responsabilidade” que vai observando em cada criança para não deixar apagar a chama. “Por aí se vê o sentido que eles têm da luz, não a querendo deixar apagar. É uma experiência extraordinária”, assume.
  • Leia a reportagem completa na edição do dia 23 de dezembro do Jornal VOZ DA VERDADE, disponível nas paróquias ou em sua casa.
Patriarcado de Lisboa

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