Papa no Regina Coeli de domingo, 15 de abril
O Papa Francisco comentou o Evangelho do
III domingo da Páscoa, em que os Apóstolos ficam perturbados com a
presença real de Cristo ressuscitado.
Cidade do Vaticano
A sacralidade do corpo e da alma foi o tema da alocução do Papa
Francisco ao rezar com os fiéis na Praça S. Pedro a oração mariana do Regina Coeli.
No Evangelho do terceiro domingo da Páscoa, está a experiência do
Ressuscitado feita pelos seus discípulos. “O episódio narrado pelo
evangelista Lucas insiste muito no realismo da Ressurreição. De facto,
não de trata de uma aparição da alma de Jesus, mas da sua real presença
com o corpo ressuscitado”, disse o Pontífice.
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Os Apóstolos ficam perturbados com a presença de Jesus, a ponto de
pensarem tratar-se de um fantasma. Cristo decide comer o peixe assado
para convencê-los de que é Ele. Para Francisco, a insistência de Jesus
sobre a realidade da sua Ressurreição ilumina a perspetiva cristã sobre
o corpo, que não é um obstáculo ou uma prisão da alma.
Ideia positiva do corpo
“O corpo foi criado por Deus e o homem não é completo se não for
união de corpo e alma. Jesus, que venceu a morte e ressuscitou em corpo e
alma, faz-nos entender que devemos ter uma ideia positiva do nosso
corpo”, explicou o Papa.
O corpo pode tornar-se ocasião ou instrumento de pecado, mas o pecado não é provocado pelo corpo, mas pela fraqueza moral.
Jesus ensinou-nos o amor, disse ainda Francisco, e resgatar todos
aqueles que experimentam no próprio as escravidões dos nossos tempos. O
Papa então concluiu:
“Num mundo onde demasiadas vezes prevalecem a prepotência contra os
mais fracos e o materialismo que sufoca o espírito, o Evangelho de hoje chama-nos a ser pessoas capazes de olhar em profundidade, repletas de
estupor e de grande alegria por ter encontrado o Senhor ressuscitado.”
VATICAN NEWS
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