Na Vigília Pascal, na minha
querida paróquia da Marinha Grande, foram baptizados quatro adultos, numa
celebração extraordinária de intimidade com Deus, emotiva até, que me fez dar
graças a Deus por me ter feito reencontrá-lO.
As palavras do Vigário
Paroquial, Padre Patrício Oliveira, (que bela homilia, tão simples, tão
próxima, tão cheia de Deus), vieram directas ao meu coração e fizeram-me
lembrar tudo o que fui, tudo o que sou e tudo o que posso vir a ser, pela graça
de Deus.
Esta Páscoa do Senhor
Ressuscitado, sentia-a também como a minha Páscoa, a Páscoa da minha vida,
quando renasci e encontrei a Vida Nova, aquela que nunca acaba.
Com efeito, andei tanto tempo
afastado de Deus, por caminhos de vícios vários, que bem posso dizer que estava
morto para a vida verdadeira, e que foi o reencontro com o Senhor Crucificado,
Morto e Ressuscitado, que há anos atrás, foi e continua a ser a Páscoa que
sempre quero viver na minha vida.
E durante esta Vigília Pascal
tudo me passou pela memória, mas já não senti vergonha nem culpa, (como as poderia
sentir se acredito na misericórdia de Deus e no seu infinito perdão), mas senti
uma paz imensa que me levou ainda mais a acreditar que “se com Cristo morremos,
com Ele ressuscitamos”.
Como gostaria de ter palavras
que exprimissem o que senti, o que vivi naquela Santa Noite e que ainda vivo no
meu coração!
E, depois, dar aos meus irmãos
na fé, na Comunhão, o Corpo do Senhor na Hóstia Consagrada, emocionou-me,
fez-me sentir que a bondade de Deus atinge todos, até mesmo aqueles que durante
tanto tempo O rejeitaram, mas que para Ele e por Ele continuaram a ser amados
pelo Amor verdadeiro.
Senti-me um pouco como aqueles
que foram baptizados, crismados e que pela primeira vez receberam o Corpo do
Senhor, ou seja, como se Ele me dissesse, (como tantas vezes me faz sentir no
coração), «Eu renovo todas as coisas».
De coração cheio, de alma
repleta de alegria, só posso dizer a Deus as palavras que pouco exprimem, mas
que saem de dentro de mim:
Obrigado meu Deus pela
paróquia que me deste, pelos sacerdotes que colocaste ao seu/teu serviço, por
todas as minhas irmãs e irmãos na fé que chamaste a fazerem parte desta
comunidade paroquial.
Obrigado, meu Deus, porque me
achaste digno de receber a graça de Te reencontrar.
Glória e louvor a Ti, Senhor,
hoje, sempre, pelos séculos sem fim.
Marinha Grande, 2 de Abril de
2018
Joaquim Mexia Alves
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