Papa no Regina Coeli desta Segunda-feira do Anjo
(Vatican Media)
Que a fraternidade e a comunhão posam
tornar-se no nosso estilo de vida e alma das nossas relações, disse o Papa
no Regina Coeli desta Segunda-feira do Anjo, renovando o seu apelo a fim
de que as pessoas sequestradas ou injustamente privadas da liberdade
sejam libertadas e possam voltar para às suas casas.
Cidade do Vaticano
O dia de hoje é um dia de festa a ser vivido habitualmente com a família. A segunda após a Páscoa é chamada “Segunda-feira do Anjo”, segundo uma tradição muito bonita que corresponde às fontes bíblicas da Ressurreição. Foi o que disse o Papa Francisco no Regina Caeli ao meio-dia, explicando o sentido e o significado desta segunda-feira após o domingo de Páscoa.
Cidade do Vaticano
O dia de hoje é um dia de festa a ser vivido habitualmente com a família. A segunda após a Páscoa é chamada “Segunda-feira do Anjo”, segundo uma tradição muito bonita que corresponde às fontes bíblicas da Ressurreição. Foi o que disse o Papa Francisco no Regina Caeli ao meio-dia, explicando o sentido e o significado desta segunda-feira após o domingo de Páscoa.
De facto, os Evangelhos narram que, quando as mulheres foram ao
Sepulcro, encontraram-no aberto. Elas temiam não poder entrar porque
este estava fechado com uma grande pedra. Ao invés, estava aberto; e uma
voz vinda de dentro do sepulcro disse-lhes que Jesus não estava
ali, mas ressuscitou, destacou o Papa.
Primeiro anúncio da Ressurreição foi dado pelos anjos
Pela primeira vez foram pronunciadas as palavras “Ressuscitou”. Os
evangelistas – prosseguiu o Santo Padre – referem-nos que este primeiro
anúncio foi dado pelos anjos, ou seja, mensageiros de Deus. Há um
significado nesta presença angélica – prosseguiu Francisco: como a
Encarnação do Verbo foi anunciada por um anjo, Gabriel, assim para
anunciar pela primeira vez a Ressurreição não bastava uma palavra
humana.
Era necessário um ser superior para comunicar uma realidade tão
inédita, tão incrível, que talvez nenhum homem teria ousado
pronunciá-la. Após este primeiro anúncio, a comunidade dos discípulos
começou a repetir: “Verdadeiramente, o Senhor ressuscitou e apareceu a
Simão (Lc 24,34), mas o primeiro anúncio exigia uma inteligência superior à inteligência humana.
A fraternidade é o fruto da Páscoa de Cristo
Explicitando ainda o sentido celebrativo desta segunda-feira, o Pontífice explicou:
“Após ter celebrado a Páscoa sente-se a necessidade de reunir
mais uma vez com os familiares e com os amigos para fazer festa. Porque a
fraternidade é o fruto da Páscoa de Cristo que, com a sua morte e
ressurreição, derrotou o pecado que separava o homem de Deus, de si
mesmo e de seus irmãos.”
Jesus abateu o muro de divisão entre os homens e restabeleceu a paz,
começando a tecer a rede de uma nova fraternidade. É muito importante
neste nosso tempo redescobrir a fraternidade, assim como era vivida nas
primeira comunidades cristãs, acrescentou.
Sem fraternidade há somente indivíduos movidos pelos próprios interesses
“Não pode haver verdadeira comunhão e um compromisso a favor do
bem comum e da justiça social sem a fraternidade e partilha. Sem
partilha fraterna não se pode realizar uma autêntica comunidade eclesial
ou civil: há somente um conjunto de indivíduos movidos pelos próprios
interesses.”
A Páscoa de Cristo fez explodir no mundo a novidade do diálogo e da relação,
novidade que para os cristãos se tornou uma responsabilidade. De facto
Jesus disse: “Disso saberão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos
outros” (Jo 13,35).
Ver também: Papa Francisco - Oração do Regina Coeli 2018-04-02
Cuidar dos mais frágeis e marginalizados
“Eis o motivo porque não podemos fechar-nos no nosso privado, no
nosso grupo, mas somos chamados a ocupar-nos do bem comum, a cuidar dos
irmãos, especialmente dos mais frágeis e marginalizados. Somente a
fraternidade pode garantir uma paz duradoura, derrotar as pobrezas,
superar as tensões e as guerras, extirpar a corrupção e a
criminalidade.”
Que a fraternidade e a comunhão posam tornar-se o nosso estilo de vida e
a alma das nossas relações, disse ainda Francisco, renovando o seu apelo a
fim de que as pessoas sequestradas ou injustamente privadas da liberdade
sejam libertadas e possam voltar para as suas casas.
Oitava da Páscoa, prolongamento da alegria da Ressurreição de Cristo
Antes de despedir-se dos fiéis e peregrinos presentes na Praça São
Pedro, o Pontífice fez votos a cada um que transcorra serenamente estes
dias da Oitava da Páscoa, em que se prolonga a alegria da Ressurreição
de Cristo.
“Aproveitem cada boa ocasião para serem testemunhas da paz do Senhor
ressuscitado especialmente em relação às pessoas mais frágeis e menos
favorecidas”, exortou o Papa, assegurando uma oração especial pelo Dia
Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado este 2 de abril.
"Invoquemos o dom da paz para o mundo inteiro, especialmente para as
populações que mais sofrem por causa dos conflitos em andamento",
exortou ainda Francisco.
VATICAN NEWS
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