27 abril, 2018

Papa Francisco: o céu não é abstrato, mas o encontro com Jesus

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 Papa celebra a missa na Casa Santa Marta  (Vatican Media)
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"Alguns pensam: Mas não será um pouco entediante estar ali toda a eternidade? Não: o céu não é isso. Nós caminhamos rumo a um encontro: o encontro definitivo com Jesus", disse o Papa na homilia. 

Adriana Masotti - Cidade do Vaticano 

O Papa Francisco celebrou na manhã desta sexta-feira (27/04) a missa na capela da Casa Santa Marta e dedicou a sua homilia à Primeira Leitura. Trata-se do trecho dos Atos dos apóstolos, com o discurso de Paulo na sinagoga de Antioquia.

Os habitantes de Jerusalém, e os seus chefes, diz o Apóstolo, não reconheceram Jesus, mas Ele ressuscitou depois de morto. E assim conclui: “Nós vos anunciamos que a promessa que Deus fez aos antepassados, ele a cumpriu para nós, seus filhos, quando ressuscitou Jesus”. 

Fidelidade de Deus 

Tendo no coração esta promessa de Deus, prosseguiu o Papa, o povo pôz-se a caminho com a segurança de saber que era o “povo eleito”. O povo, com frequência infiel, “confiava na promessa, porque sabia que Deus é fiel”. Por isso ia avante, confiante na fidelidade de Deus.

Também nós estamos a caminho: nós estamos no caminho. Estamos no caminho… e quando fazemos esta pergunta – “Sim, no caminho: mas no caminho para onde?” – “Sim, para o céu!” – “E o que é o céu?”. E ali começamos a escorregar nas respostas, não sabemos bem como dizer “o que é o céu”. E muitas vezes pensamos num céu abstrato, um céu distante, um céu… sim, ali se está bem. Alguns pensam: “Mas será um pouco entediante estar ali toda a eternidade?”. Não: o céu não é isso. Nós caminhamos rumo a um encontro: o encontro definitivo com Jesus. O céu é o encontro com Jesus.

Um encontro que nos fará alegrar para sempre, afirmou Francisco, “Jesus, Deus e homem; Jesus, em corpo e alma, espera-nos”.
 

Tende fé em mim também 

Para Francisco, devemos pensar nisto: “Eu estou a caminhar na vida para encontrar Jesus. E o que faz Jesus enquanto isso? Ele não está sentando esperando-me, mas, como diz o Evangelho, trabalha para nós. Ele mesmo diz: ‘Tende fé em mim também’, ‘Vou preparar um lugar para vós’”.

“E qual é o trabalho de Jesus? A intercessão. A oração de intercessão”, explicou o Papa.

Jesus reza por mim, por cada um de nós. Mas isso devemos repeti-lo para nos convencer: Ele é fiel e Ele reza por mim. Neste momento.

Francisco recordou as palavras de Jesus na Última Ceia, quando promete a Pedro: “Eu rezarei por ti”. “O que ele disse a Pedro diz a todos nós: ‘Eu rezo por ti’”.
E cada um de nós deve dizer: “Jesus está a rezar por mim”, está a trabalhar, está a preparar aquele lugar. E Ele é fiel; Ele é fiel: o fará porque prometeu. O céu será este encontro, um encontro com o Senhor que foi ali preparar o lugar, o encontro com cada um de nós. E isso dá-nos confiança, faz crescer a confiança.
Jesus é o sacerdote intercessor até ao final do mundo, lembrou o Papa, que concluiu: “Que o Senhor nos dê esta consciência de estar no caminho com esta promessa. O Senhor nos dê esta graça: de olhar para o alto e pensar: ‘O Senhor está a rezar por mim’ ”.


Ouça a reportagem com a voz do Papa Francisco


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