Cristo ressurge dos mortos
"Jesus continua, ña sua nova forma de
existência, vindo ao nosso encontro e quer saber quais são as causas de
nossa tristeza. Ele é o consolador, é a nossa alegria, é a nossa vida!"
Padre César Augusto dos Santos – Cidade do Vaticano
“Maria Madalena vai ao sepulcro. É madrugada! Maria, ainda com o
ambiente escuro pela ausência de sol, vai ao sepulcro. É noite não
apenas na natureza, mas principalmente no coração de Maria Madalena.
Aliás, no seu coração não. Ali o amor iluminava. Ela não consegue ficar
longe do corpo morto de seu Senhor, daquele que a libertou do mal. Ela
não consegue viver sem Jesus!
Ela diz que vai ungir o corpo do Senhor, mas como? Existe uma pesada
pedra a tapar o túmulo e, além do mais, Nicodemos e José de Arimateia
já tinham preparado o corpo.
Quando ela chega, a pedra está removida, mas o sepulcro está vazio!
Maria sente-se completamente perdida e desolada. Sai correndo para
comunicar a Pedro e a João. Ela pede ajuda. Sente-se perdida e
impotente.
Quando também experimento a ausência de Jesus, como reajo? Onde e
como o busco? No lugar dos mortos ou como aquele que é Vida e que dá
Vida?
Cristo é, de facto, o Senhor de minha vida?
Prossigamos na nossa oração.
Todo aquele que ama está fadado a sofrer muito!
Maria vê o sepulcro vazio, um anjo à cabeceira e outro aos pés, mas nada entende.
O evangelista quando descreveu este quadro, quis-nos dizer que Jesus é a nova e eterna aliança do Pai com os homens.
O sepulcro, uma caixa retangular aberta e com dois anjos, recorda a
qualquer devoto a arca da aliança com os anjos do propiciatório. A
aliança nova e eterna foi realizada!
Enquanto está com o olhar fixado dentro da sepultura, Maria escuta
alguém a perguntar-lhe porque está a chorar. Quem lhe pergunta
quer dizer-lhe: “Mulher, porque choras?” Não tens motivo para
chorar, antes para te alegrares. As lágrimas de Maria revelam o seu grande
amor e sua pouca fé.
Jesus entra em diálogo com Maria de modo semelhante como entrou com outras pessoas. Revela-se progressivamente, adaptando as suas
palavras e os seus gestos à história dessas pessoas e às situações
concretas em que se encontram.
Maria só vai entender que aquela voz é de Jesus no momento em que
deixa de olhar para o sepulcro, para o lugar da morte, e volta os olhos e
o corpo inteiro na direção contrária. Então, ela vê Jesus, vivo,
ressuscitado!
Como Maria, muitas vezes não encontramos Jesus porque não o buscamos vivo, mas sim o seu cadáver.
Concluamos nossa reflexão.
Assim como Madalena buscava Jesus por toda a parte, também o
Ressuscitado seguia os seus passos, os seus olhares. E a primeira palavra que
pronuncia ao dirigir-se a ela é: “MULHER”. Depois pergunta porque chora.
Jesus continua, na sua nova forma de existência, vindo ao nosso
encontro e quer saber quais são as causas de nossa tristeza. Ele é o
consolador, é a nossa alegria, é a nossa vida!
Feliz Páscoa!
VATICAN NEWS
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