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Papa recebeu missionários da misericórdia
(Vatican Media)
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A Sala Regia, no Vaticano, acolheu na
terça-feira (10/04) cerca de 550 missionários da misericórdia, num
evento organizado pelo Ponfício Conselho para a Nova Evangelização.
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
A manhã do Papa Francisco foi em companhia dos missionários da misericórdia, que concluem na quarta-feira uma jornada de reflexões e catequeses passados dois anos da experiência do Jubileu da Misericórdia.
Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano
A manhã do Papa Francisco foi em companhia dos missionários da misericórdia, que concluem na quarta-feira uma jornada de reflexões e catequeses passados dois anos da experiência do Jubileu da Misericórdia.
Os missionários da misericórdia são sacerdotes indicados pelas várias
dioceses do mundo, para que com as suas capacidades pastorais e
espirituais, especialmente a escuta, sejam anunciadores da Misericórdia
de Deus.
Isaías e Paulo
O discurso do Pontífice foi longo, estruturado sobretudo a partir do texto do profeta Isaías e da experiência do Apóstolo Paulo.
Isaías e Paulo
O discurso do Pontífice foi longo, estruturado sobretudo a partir do texto do profeta Isaías e da experiência do Apóstolo Paulo.
De facto, a primeira indicação oferecida pelo Apóstolo é que os
sacerdotes são colaboradores de Deus. A mensagem que levamos como
embaixadores em nome de Cristo é a de fazer as pazes com Deus. O nosso
apostolado é um a buscar e receber o perdão do Pai. Como se vê Deus
necessita de homens que levem ao mundo o seu perdão e a sua
misericórdia.”
Esta responsabilidade, acrescentou o Papa, requer um estilo de vida
coerente com a missão recebida. Ser colaboradores da misericórdia
pressupõe, portanto, reconhecer a misericórdia de Deus primeiramente na
própria existência pessoal.
Os ministros, portanto, não devem colocar-se acima dos outros como se
fossem juízes dos irmãos pecadores. Um verdadeiro missionário da
misericórdia espelha-se na experiência de Paulo: Deus escolheu a mim;
depositou a sua confiança em mim não obstante eu seja um pecador para
ser um seu colaborador.
Primeirar
Francisco prosseguiu usando um de seus neologismos: a palavra primeirar, que expressa a dinâmica do primeiro ato com o qual Deus vem ao nosso encontro. “A reconciliação não é, como se pensa frequentemente, uma nossa iniciativa privada ou o fruto do nosso empenho”, recordou. A primeira iniciativa é do Senhor; é Ele que nos precede no amor
Primeirar
Francisco prosseguiu usando um de seus neologismos: a palavra primeirar, que expressa a dinâmica do primeiro ato com o qual Deus vem ao nosso encontro. “A reconciliação não é, como se pensa frequentemente, uma nossa iniciativa privada ou o fruto do nosso empenho”, recordou. A primeira iniciativa é do Senhor; é Ele que nos precede no amor
Portanto, diante de um penitente, os ministros devem reconhecer
alguém que já realizou o primeiro fruto do encontro com o amor de Deus. E
a tarefa dos confessores consiste em não tornar vã a ação da graça de
Deus, mas ampará-la e permitir que chegue à sua realização.
Mas infelizmente, admitiu o Papa, pode acontecer que o sacerdote, com
o seu comportamento, afaste ao invés de aproximar o penitente.
“Não é preciso que faça sentir vergonha a quem já reconheceu o seu
pecado e sabe que errou, não é preciso investigar lá onde a graça do Pai
já interveio; não é permitido violar o espaço sagrado de uma pessoa no
seu relacionar-se com Deus.”
Pelo contrário, quando se acolhe o penitente, é preciso olhar nos seus
olhos e ouvi-lo para permitir que perceba o amor de Deus que perdoa
apesar de tudo. O sacerdote não o culpa pelo mal do qual se arrependeu,
mas o encoraja a olhar para o futuro com novos olhos, de olhar novamente
para a vida com confiança e empenho.
Afinal, o Deus que amou o mundo a ponto de dar o seu Filho jamais
poderá abandonar ninguém: o Seu amor estará sempre ali, próximo, maior e
mais fiel do que qualquer abandono. E os missionários da misericórdia
são chamados a serem intérpretes e testemunhas deste Amor.
VATICAN NEWS
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