(RV) Na sua
catequese semanal desta quarta-feira, 8 de Fevereiro, o Papa Francisco
partiu da passagem bíblica da primeira carta de São Paulo aos
Tessalonicenses para mostrar que a esperança cristã não tem apenas uma
valência pessoal, como também comunitário e eclesial. “Todos nós
esperamos. Todos nós temos esperança, mas também comunitariamente”. Oiça
a síntese desta catequese que, durante a audiência, foi feita em
português para os peregrinos lusófonos:
“Não se aprende, sozinho, a esperar. Não é possível. A
esperança, para se alimentar, precisa dum «corpo», no qual os vários
membros se apoiem e animem mutuamente. Isto significa que esperamos,
porque muitos irmãos e irmãs nos ensinaram a esperar e mantiveram viva a
nossa esperança. A morada natural da esperança é um «corpo» solidário;
no caso da esperança cristã, este corpo é a Igreja. Nela, os primeiros
chamados a alimentar a esperança são aqueles a quem está confiado o
cuidado e a orientação pastoral; e não por serem melhores do que os
outros, mas em virtude dum ministério divino, que supera de longe as
suas próprias forças. Por isso têm tanta necessidade do apoio orante, do
respeito e compreensão de todos. Depois dos responsáveis, o apóstolo
Paulo pede a nossa atenção aos irmãos e irmãs cuja esperança corre maior
risco de apagar-se: os desanimados, os frágeis, os oprimidos pelo peso
da vida e das próprias culpas que estão sem forças para se levantar.
Nestes casos, a proximidade solidária da Igreja deve fazer-se ainda mais
intensa e amorosa, sob as formas de compaixão, conforto e consolação.
Como escreve Paulo aos Romanos, «nós, os fortes, temos o dever de
carregar com as fraquezas dos que são frágeis e não procurar aquilo que
nos agrada». Este dever não está circunscrito aos membros da comunidade
eclesial, mas estende-se a todo o contexto civil e social como apelo a
não criar muros mas pontes, a não pagar o mal com o mal mas vencer o mal
com o bem, a ofensa com o perdão, a viver em paz com todos. Esta é a
Igreja; e isto é o que realiza a esperança cristã, quando assume os
lineamentos fortes e, ao mesmo tempo, ternos do amor. Ora o sopro vital,
a alma desta esperança é o Espírito Santo; é Ele a moldar as nossas
comunidades, num Pentecostes perene, como sinais vivos de esperança para
a família humana”.
Depois o Para dirigiu em italiano uma saudação aos peregrinos de língua portuguesa…
“Carissimi pellegrini di lingua portoghese, benvenuti!
Quando Dio aveva stabilito di venire sulla terra, Glielo ha consentito
il «sì» della Vergine Immacolata. Ella ha vissuto come tutte le donne
del suo tempo; ma, nella propria vita semplice di ogni dì, diede libero
transito a Dio. Fate come Maria: date a Dio libero transito nella vostra
vita, e sarete benedetti!
(DA)
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