13 dezembro, 2015

Senhora de Guadalupe. O Papa: no México de 12 a 18 de fevereiro




(RV) O Papa Francisco estará no México de 12 a 18 de fevereiro de 2016, anunciou ele mesmo na tarde deste sábado (12/12), na Basílica de São Pedro, onde celebrou Missa por ocasião da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira dos países da América Latina. Na sua homilia o Papa Francisco falou antes de tudo o amor misericordioso de Deus, porque Deus nos ama com um amor gratuito, sem limites, sem esperar nada em troca. E sublinhou que amor misericordioso é o atributo mais surpreendente de Deus, a síntese em que está condensada a mensagem do Evangelho e a fé da Igreja.

A palavra "misericórdia" – prosseguiu o Papa - é composta por duas palavras distintas: miséria e coração - o coração indica a capacidade de amar e a misericórdia é o amor que abraça a miséria da pessoa humana, é um amor que "sente" a nossa indigência como se fosse sua, a fim de nos  livrar dela, explicou Francisco, que também acrescentou:

"O Verbo se fez carne ", com a intenção de partilhar todas as nossas fragilidades. Com a intenção de experimentar a nossa condição humana, até assumir com a Cruz todo o sofrimento da existência humana. Tal é a profundidade da sua compaixão e da sua misericórdia: aniquilar-se para se dedicar a acompanhar e servir a humanidade ferida. Nenhum pecado pode apagar a sua proximidade misericordiosa, nem impedir-lhe de pôr em acto a sua graça da conversão, desde que nós a invoquemos”.

E até mais, reiterou Francisco, o próprio pecado faz  brilhar com mais força o amor de Deus Pai que, para resgatar o escravo, sacrificou o Filho. E a misericórdia divina nos vem com o dom do Espírito Santo que recebemos no Baptismo, Espírito que, disse Francisco, alimenta a nova vida dos discípulos e, por maiores e graves que sejam os pecados do mundo, renova a face da terra e torna possível o milagre de uma vida mais humana, cheia de alegria e esperança.

"O Senhor está perto", disse em seguida Francisco citando S. Paulo, e por isso não devemos angustiar-nos por nada:

“[Ele] Caminha junto de nós, mostra-nos o caminho do amor, levanta-nos quando caímos, nos sustenta nas nossas fadigas, nos acompanha em todas as circunstâncias da nossa existência. Ele nos abre os olhos para nos fazer ver as nossas misérias e as do mundo, mas ao mesmo tempo nos enche de esperança”.

E o Papa convidou todos a cultivar esta experiência de misericórdia, de paz e esperança, durante o caminho do Advento que estamos a percorrer e à luz do Ano Jubilar, pois anunciar a Boa Nova aos pobres, como João Baptista, realizando as obras de misericórdia, é uma boa maneira de preparar a vinda de Jesus no Natal, sublinhou o Santo Padre.

À Virgem Maria, “Mãe de Misericórdia”, que sempre viveu intimamente unida ao seu Filho, sabe melhor do que ninguém o que Ele quer, ou seja, que todos os homens sejam salvos e que a ninguém nunca falte a ternura e o conforto de Deus, disse Francisco que concluiu confiando à Virgem de Guadalupe os sofrimentos e as alegrias dos povos de todo o continente americano, que a ama e a tem por Padroeira:

“Que a doçura do seu olhar nos acompanhe neste Ano Santo, para que todos possamos redescobrir a alegria da ternura de Deus"; a ela pedimos que este Ano Jubilar seja uma semente de amor misericordioso no coração das pessoas, das famílias e das nações; que nos tornemos misericordioso, e que as comunidades cristãs saibam ser oásis e fontes de misericórdia, testemunhas de uma caridade que não admite exclusões”. (BS)

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