(RV) Quarta-feira,
9 de dezembro – na audiência geral o Papa Francisco, na catequese que
propôs, explicou a necessidade de um Jubileu da Misericórdia.
“Na nossa época de profundas mudanças, a Igreja é chamada a oferecer o
seu contributo peculiar, tornando visível os sinais da presença e da
proximidade de Deus. Este Jubileu é um tempo favorável para todos nós,
fazendo-nos contemplar a Misericórdia Divina que ultrapassa todo e
qualquer limite humano e consegue brilhar no meio da obscuridade do
pecado, para nos tornarmos suas testemunhas mais convictas e eficazes.”
Segundo o Papa Francisco o Ano Santo da Misericórdia permitirá
dirigir o olhar para o conteúdo essencial do Evangelho: Jesus Cristo.
“Dirigir o olhar a Deus, Pai misericordioso, e aos irmãos
necessitados de misericórdia, significa concentrar a atenção no conteúdo
essencial do Evangelho: Jesus Cristo, a Misericórdia feita carne, que
torna visível aos nossos olhos o grande mistério do Amor trinitário de
Deus. Celebrar um Jubileu da Misericórdia equivale a meter de novo no
centro a nossa vida pessoal e das nossas comunidades o específico da fé
cristã.”
Contudo, este tempo só será um tempo favorável, se aprendermos a
escolher aquilo que mais agrada a Deus – sublinhou o Papa afirmando que o
que mais agrada a Deus é perdoar os seus filhos.
“Perdoar os seus filhos, usar de misericórdia para com eles, a fim de
que eles possam, por sua vez, perdoar os irmãos, resplandecendo como
tochas da misericórdia de Deus no mundo.”
O Santo Padre referiu, entretanto, que algumas pessoas podem
considerar que ‘é justo contemplar a misericórdia de Deus, mas não
haveria outras coisas para fazer, pois há tantas necessidades urgentes?’
É verdade! – afirmou o Papa – mas é preciso ter em conta que, na raiz
do esquecimento da misericórdia, sempre está o amor próprio, o egoísmo.
Desta forma, isso toma a forma da busca exclusiva dos próprios
interesses, prazeres e honras, juntamente com a acumulação de riquezas,
enquanto na vida dos cristãos aparece muitas vezes sob a forma de
hipocrisia e mundanidade. Estas investidas do amor próprio – continuou o
Papa – que alienam a misericórdia do mundo, são tais e tantas que
frequentemente nem sequer somos capazes de as reconhecer como limite e
como pecado. Este é o motivo pelo qual é preciso reconhecer que somos
pecadores para reforçar em nós a certeza da misericórdia divina, sem
nunca ceder à tentação de pensar que possa haver outra coisa que seja
mais importante e prioritária. Nada é mais importante do que escolher
aquilo que mais agrada a Deus: a misericórdia – afirmou o Papa na
conclusão da sua catequese.
O Santo Padre saudou também os peregrinos de língua portuguesa:
“Queridos peregrinos de língua portuguesa, saúdo-vos cordialmente a
todos, nomeadamente aos membros da ‘Obra dos Filhos da Ressurreição’,
com votos de que, neste Ano Santo, possais fazer experiência da
misericórdia de Deus para serdes testemunhas daquilo que mais Lhe
agrada. Rezai também por mim! Deus vos abençoe!”
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção.
(RS)
Sem comentários:
Enviar um comentário