09 dezembro, 2015

Jubileu na história: caminho de reconciliação e de graça

(RV) Um grande evento religioso, um tempo de graça para a remissão dos pecados e a comunhão fraterna. É este o horizonte temporal e espiritual do Jubileu, um período especial para a reconciliação e para a conversão. O Ano Santo pode ser ordinário como aconteceu 26 vezes na história, ou então, extraordinário, tal como sucedeu em mais de 90 ocasiões e também agora neste Ano Santo da Misericórdia.

A história do Jubileu está ligada à tradição hebraica que fixava em cada 50 anos, um ano santo, durante o qual eram suspensos os trabalhos nos campos, restituídas as terras confiscadas e libertados os escravos.

O anúncio era feito através de uma tromba feita em corno de carneiro, em hebraico, “Yobel”, derivando daí a palavra Jubileu.

No cristianismo o ano jubilar assume um significado profundamente espiritual: é instituído para consolidar a fé, favorecer as obras de solidariedade e a comunhão fraterna na Igreja e na sociedade. Chama e atenção dos fiéis para uma mais sincera e coerente profissão de fé em Cristo.

Foi o Papa Bonifácio VIII a iniciar no ano 1300 o primeiro Ano Santo da História da Igreja. Em 1350, Clemente VI anunciou um outro Jubileu definindo que estes se realizariam a cada 50 anos. Mas Paolo II em 1470 estabeleceu o ritmo de 25 anos entre cada Jubileu.

Na História recente de destacar o Papa Leão XIII que promoveu o Jubileu para o início do século XX. Em 1950, Pio XII, pouco anos após o fim da Segunda Guerra Mundial invocou a paz na sua oração:

“Paz às almas, paz às famílias, paz à pátria, paz entre as nações…”

Entretanto, no Jubileu de 1975, Ano Santo da renovação e reconciliação, o Papa Paulo VI recordou como o Jubileu seja para o cristão um novo período da sua vida:

“O homem novo deste Ano Santo não esquecerá a oração.”

No ano 2000 o Jubileu do início do Terceiro Milénio: João Paulo II afirmou que a Porta é Cristo e ninguém está excluído do seu abraço de Misericórdia e de Paz.”

É precisamente a Misericórdia a marcar este tempo extraordinário na Igreja, como disse o Papa Francisco:

“Será um Ano Santo da Misericórdia. Sede Misericordiosos como o Pai.”

Este é um Ano Santo no qual o Senhor mostra, mais uma vez, o caminho da reconciliação.

(RS)

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