Reunião de arranque do ano pastoral congregou equipa que tem trabalho «de forma invisível» devido à pandemia do Covid-19
O
Papa Francisco acompanha “animado” e “sossegado” a preparação da
Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, marcada para Lisboa, cujos
trabalhos de organização foram retomados no passado dia 5 de setembro,
em novo ano pastoral, com o grupo responsável, assegurou D. Américo
Aguiar. “O Papa está muito animado e fica sossegado por ter conhecimento
direto que as coisas estão a acontecer, o trabalho está a ser feito. E
pediu para não esquecer a marca solidária na própria Jornada”, explicou à
Agência Ecclesia o Bispo Auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação –
JMJ Lisboa 2023, que teve ocasião de estar presente na primeira
audiência, retomadas na última quarta-feira, no Vaticano, após a
pandemia.
D. Américo Aguiar exprimiu a “paternidade e fraternidade
permanente” recebida pelo Papa em relação às Jornadas e para com
Portugal. A organização da JMJ 2023 tem acontecido de forma
“subterrânea” porque, explica presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, a
prioridade tem sido a solidariedade. “A jornada passou para segundo
plano, estando atento e indo ao encontro dos que precisam de ajuda na
vivência da pandemia. No entanto as coisas têm de continuar a ser
pensados e programadas”, indica. A reunião de “arranque do ano pastoral”
decorreu no Seminário de Alfragide e congregou um grupo “mais
definido”. “Esta foi a primeira reunião deste grupo mais definido.
Estamos a falar de sete direções, de diferentes áreas, com um leigo como
responsável e um sacerdote como assistente eclesiástico, e também um
jovem que será o secretário executivo e fará concretizar de forma
harmoniosa o que é preciso fazer”, explicou.
D.
Américo Aguiar fala num trabalho “não visível” a ser realizado desde o
anúncio da realização das Jornadas em Lisboa, concretizado com reuniões
frequentes também com os Comités Organizadores diocesanos (COD), das 20
dioceses portuguesas e do Ordinariato Castrense.
A
pandemia do Covid-19 adiou a entrega dos símbolos das JMJ aos jovens
portugueses, estando esse encontro previsto para novembro, para o
Domingo do Cristo-Rei, mas, assegura D. Américo Aguiar, tudo dependerá
da situação pandémica em Itália, Portugal e no Panamá, pois a saúde e a
vida dos jovens e participantes têm de ser acauteladas. “Temos a
previsão de poder concretizar esta peregrinação em novembro, no
Cristo-Rei, mas a situação é imprevisível e estamos a trabalhar com a
Santa Sé, com o Panamá, parte interessada na transferência dos símbolos,
dia-a-dia para estudar e ter bom senso. Não podemos pôr em causa a
saúde e a vida de nenhum dos jovens e dos participantes”, sublinha.
O
presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 relembra o pedido do
cardeal-patriarca de Lisboa para que o protagonismo das Jornadas seja
dos jovens. “Estamos a criar a estrutura do que será a JMJ de Lisboa,
para que, em breve prazo, as várias direções e responsáveis possam
recrutar todos os que estão sintonizados, e sejam os destinatários da
Jornada. Temos consciência que seria fatal para a organização não ter o
cuidado de estar sintonizado com o que é o modo de viver, modo de sentir
e a linguagem dos jovens. Sublinhamos a necessidade e urgência de
estarmos conectados com o sentir e pulsar dos destinatários da Jornada”,
afirmou. D. Américo Aguiar disse ainda que a JMJ 2023, sendo “herdeira
de outras jornadas”, vai ter a marca portuguesa.
Ecclesia
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