"Quantas mesquinhices na vida! Maria hoje convida a elevar o olhar para as ‘grandes coisas’ que o Senhor realizou Nela”, disse o Papa no Angelus.
Bianca Fraccalvieri – Cidade do Vaticano
O Papa Francisco rezou o Angelus com os fiéis presentes na Praça de São
Pedro, neste dia 15 de agosto - solenidade da Assunção de Maria.
Antes da oração mariana, o Pontífice comentou as palavras da Virgem
narradas no Evangelho de Lucas: "Minha alma engrandece o Senhor e o meu
espírito alegr-se em Deus, meu Salvador» (Lc 1,46-47).
Deixar de lado as mesquinhices da vida
Francisco ressaltou os dois verbos desta frase: engrandecer e
alegrar-se. Maria exulta por causa de Deus. “Quiçá se também a nós
aconteceu exultar pelo Senhor: exultamos pelo resultado obtido, por
uma bela notícia recebida, mas hoje, Maria, ensina a exultar a Deus,
porque Ele faz ‘grandes coisas’”, disse o Papa.
As grandes coisas são evocadas por outro verbo: engrandecer. De facto,
engrandecer significa exaltar uma realidade pela sua grandeza. Maria
exalta a grandeza do Senhor.
Na vida, é importante buscar coisas grandes, recordou Francisco; do
contrário, nos perdemos em muitas pequenezas. Maria nos demonstra que,
se quisermos que a nossa vida seja feliz, deve ser colocado Deus em
primeiro lugar, porque somente Ele é grande.
Maria, porta do céu
São as “grandes coisas” festejadas na solenidade da Assunção.
Maria foi assumida no céu: pequena e humilde, recebe, em primeiro lugar, a
glória maior. Ela, que é uma criatura humana, uma de nós, alcança a
eternidade em alma e corpo. E ali espera por nós, como uma mãe espera que os
filhos voltem para casa.
Um passo rumo à grande meta
Portanto, explicou Francisco, a festa da Assunção de Maria é um
chamamento para todos, especialmente para aqueles que se sentem afligidos por
dúvidas e tristezas, e vivem com o olhar cabisbaixo.
“Olhemos para o alto, o céu está aberto”, exortou o Papa. O céu não provoca temor, porque no limiar há uma mãe que nos espera.
VN
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