Na manhã deste
domingo (25), antes da Oração Mariana do Angelus, o Papa comentou o
Evangelho do dia e convidou os cristãos a terem uma vida coerente:
aproximarem-se de Jesus e dos Sacramentos, como também ir à igreja. Isto
porque, disse Francisco, para entrar no Paraíso é preciso passar por uma
‘porta estreita’, aquela da fé, aberta a todos, mas que exige uma
dedicação pelo bem e pelo próximo, contra o mal e a injustiça.
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Os milhares de peregrinos que acompanharam a Oração Mariana do
Angelus com o Papa Francisco neste domingo (25), na Praça de São Pedro, ou
ao redor do mundo, viram a preocupação do Pontífice em relação aos
incêndios na Amazónia, mas também meditaram sobre o Evangelho de hoje
(cfr Lc 13,22-30).
O trecho de São Lucas “apresenta Jesus que passa a ensinar pelas
cidades e povoados, até Jerusalém, sabendo que deve morrer na cruz
para a salvação de todos os homens”. Neste contexto, alguém perguntou-Lhe se era verdade que poucos se salvariam, uma questão muito debatida
naquele período, devido às diversas maneiras de interpretação das
Escrituras. E Jesus respondeu, convidando “a usar bem o tempo presente”, fazendo “todo esforço possível para entrar pela porta estreita”.
"Este é o problema. Jesus não quer iludir-nos, dizendo: “Sim,
fiquem tranquilos, é fácil, existe uma bonita estrada e, lá no final, um
grande portão...”. Não diz isto: fala-nos da porta estreita. Diz-nos
as coisas como são: a passagem é estreita. Em que sentido? No sentido
que, para se salvar, é preciso amar a Deus e ao próximo, e isso não é
confortável! É uma “porta estreita” porque é exigente, o amor é sempre exigente, requer empenho, ou melhor, “esforço”, isto é, uma vontade
decidida e perseverante de viver segundo o Evangelho. São Paulo chama
a isto, “o bom combate da fé” (1Tm 6,12). É preciso o esforço de todos
os dias, de cada dia para amar a Deus e o próximo."
O chamamento à vida coerente e próxima de Jesus
Jesus usa uma parábola para se explicar melhor e para insistir em
fazer o bem nesta vida, independente do título e do cargo que exercamos:
O Papa, então, continua a motivar e a conduzir-nos para esse percurso diário.
"Para nós, cristãos, isto significa que somos chamados a instaurar
uma verdadeira comunhão com Jesus, rezando, indo à igreja,
aproximando-nos dos Sacramentos e nutrindo-nos da sua Palavra. Isto
mantem-nos na fé, nutre a nossa esperança, reaviva a caridade. E, assim, com
a graça de Deus, podemos e devemos dedicar a nossa vida pelo bem dos
irmãos, lutar contra qualquer forma de mal e de injustiça."
Maria, Porta do céu
Ao finalizar, o Papa diz que a primeira pessoa a ajudar-nos nesta dedicação pelo bem é Nossa Senhora:
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