(RV) O Santo Padre celebrou a Santa Missa, na
manhã desta terça-feira (13/06), na Capela da Casa Santa Marta, onde
reside, da qual participaram os membros do Conselho dos Cardeais “C9”.
Na homilia que pronunciou, o Papa reflectiu sobre a mensagem
evangélica “ser sal e luz” do mundo, exortando os fiéis a não buscarem
“seguranças artificiais, mas a confiar na acção do Espírito Santo.
Francisco se deteve, sobretudo, nestas palavras, que indicam a força
do Evangelho, que levam à glorificação de Deus. Com efeito, em Jesus se
cumpre tudo o que nos foi prometido: eis porque Ele é a plenitude:
“Em Jesus não há um “não, mas sempre “sim” para a glória do Pai. Mas,
também nós participamos deste “sim” de Jesus, porque Ele nos conferiu a
unção, nos imprimiu o sigilo, que nos foram antecipados pelo Espírito. É
o Espírito que nos levará ao “sim” definitivo, até à nossa plenitude. É
o Espírito que nos ajuda a tornar-nos “sal e luz”, ou seja, a sermos
testemunhas cristãs”.
“Tudo é positivo”, retomou o Papa. “E o testemunho cristão” é “sal e
luz”. “Luz - explicou - para iluminar e quem esconde a luz dá um
contratestemunho” refugiando-se um pouco no “sim” e um pouco no “não”.
Estes, portanto “possuem a luz, mas não a doam, e não a faz ver e se não
a faz ver não glorifica o Pai que está nos céus”. Ainda, advertiu, “há o
sal, mas o conserva para si mesmo e não o doa para que se evite a
corrupção”.
Os cristãos são chamados a ser sal e luz
“Sim – sim”, “não – não”: palavras decisivas, como o Senhor nos
ensinou, pois, recordou Francisco, “o supérfluo provém do maligno”. “É
precisamente esta atitude de segurança e de testemunho - acrescentou -
que o Senhor confiou à Igreja e a todos nós baptizados”:
“Segurança na plenitude das promessas em Cristo: em Cristo tudo se
cumpriu. Testemunho aos outros; dom recebido de Deus em Cristo, que nos
deu a unção do Espírito para o testemunho. E isso é ser cristão:
iluminar, ajudar para que a mensagem e as pessoas não se corrompam, como
faz o sal; mas, se se esconde a luz o sal torna-se insípido, sem força,
enfraquece - o testemunho será fraco. Mas isso ocorre quando eu não
aceito a unção, não aceito o sigilo, não aceito a 'antecipação' do
Espírito que está em mim. E isso ocorre quando eu não aceito o 'sim' em
Jesus Cristo”.
A proposta cristã, disse Francisco, é tão simples, mas “tão decisiva e
tão bonita, e nos dá tanta esperança”. “Eu sou a luz - podemos nos
perguntar - para os outros? Eu – disse ainda o Papa – sou sal para os
outros? Que dá sabor à vida e a defende da corrupção? Estou agarrado em
Jesus Cristo, que é o 'sim'? Sinto-me ungido, selado? Eu sei que eu
tenho essa segurança que será plena no céu, mas pelo menos é
“antecipação”, agora, o Espírito?".
O cristão é “solar” quando glorifica a Deus com a sua vida
Na linguagem corrente, observou em seguida, “quando uma pessoa está cheia de luz, dizemos ‘esta é uma pessoa solar’”:
“Usa-se dizer isso: ‘É uma pessoa solar’. Isso pode nos ajudar a
entender. Isso é mais do que solar, ainda. Este é reflexo do Pai em
Jesus em quem as promessas se cumpriram. Este é o reflexo da unção do
Espírito que todos nós temos. E isso, por quê? Por que recebemos isso?
Dizem-nos ambas as leituras. Paulo diz: ‘E por isso, através de Cristo,
sobe a Deus o nosso' Amém' para a sua glória’, para glorificar a Deus. E
Jesus diz aos discípulos: ‘Assim resplandeça a vossa luz diante dos
homens para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem ao Pai’. Tudo
isso, para glorificar a Deus. A vida do cristão é assim”.
Peçamos esta graça, concluiu o Papa, “de sermos agarrados, enraizados
na plenitude das promessas em Cristo Jesus que é ‘sim’, totalmente
‘sim’, e levar essa plenitude com o sal e a luz do nosso testemunho aos
outros para dar glória ao Pai que está nos céus”. (BS/MT/SP)
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