«É preciso atacar as causas» deste problema que tem tido um custo humano e ambiental «caríssimo», diz D. Manuel Clemente
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente,
diz que incêndios como os de Pedrogão Grande, que teve um custo
“caríssimo, em termos humanos e ambientais”, deve levar a repensar as
estratégias de prevenção e segurança. “Parece que estamos à espera de
que quando temos tempo quente vamos ter incêndios, não. Isso pode ter
uma resolução de raiz, outros países resolveram, deram passos firmes,
não somos só nós que temos floresta, que temos pinhais e eucaliptais. É
preciso atacar as causas para não termos as consequências”, realça
aquele responsável, em declarações à Agência ECCLESIA.
Numa altura em que está a ser investigada a origem desta tragédia que abalou o país, e que de acordo com os últimos balanços causou 64 mortos e 200 feridos, D. Manuel Clemente sublinha que “uma desgraça” tão “grande” tem de levar à criação de “medidas estruturais” que mostrem que Portugal “não se conforma” com esta realidade. Para o presidente da CEP, há toda uma reconfiguração “ecológica e ambiental” a fazer, de forma “consistente”, de modo a que a expressão “época de incêndios” deixe de fazer parte do léxico dos portugueses. “A melhor maneira de homenagear os mortos é evitar que haja outros. Agora isso tem que ser efetivamente levado por todos, antes de mais pelo Estado que é o primeiro servidor do bem-comum e é quem tem recursos para isso”, refere o Cardeal-Patriarca de Lisboa.
Numa altura em que está a ser investigada a origem desta tragédia que abalou o país, e que de acordo com os últimos balanços causou 64 mortos e 200 feridos, D. Manuel Clemente sublinha que “uma desgraça” tão “grande” tem de levar à criação de “medidas estruturais” que mostrem que Portugal “não se conforma” com esta realidade. Para o presidente da CEP, há toda uma reconfiguração “ecológica e ambiental” a fazer, de forma “consistente”, de modo a que a expressão “época de incêndios” deixe de fazer parte do léxico dos portugueses. “A melhor maneira de homenagear os mortos é evitar que haja outros. Agora isso tem que ser efetivamente levado por todos, antes de mais pelo Estado que é o primeiro servidor do bem-comum e é quem tem recursos para isso”, refere o Cardeal-Patriarca de Lisboa.
Nota pastoral sobre os incêndios
Em abril deste ano, os bispos portugueses publicaram uma nota pastoral intitulada “Cuidar da casa comum – prevenir e evitar os incêndios”. Nesse documento, os responsáveis católicos alertavam para a importância de ninguém, a começar pelas autoridades responsáveis, se “acomodar” no que toca à resolução do problema dos fogos, e salientavam que as soluções não se resumem à necessária “limpeza das matas” e ao “ordenamento territorial”. “As causas do flagelo dependem direta ou indiretamente da vontade humana”, tendo “na origem de muitos incêndios, talvez da maioria, estão comportamentos criminosos, uns intencionais, outros pelo menos negligentes”, assinalavam os bispos. Neste contexto, “há que apurar não apenas as causas da dimensão desta prática – o que verdadeiramente ainda se não conseguiu até hoje – como há sobretudo que detetar e combater interesses que dela possam beneficiar”.
No próximo dia 2 de julho, a Igreja Católica vai promover um peditório nacional, durante as celebrações eucarísticas, a favor das vítimas dos incêndios que fustigaram o Concelho de Pedrógão Grande e vários outros concelhos vizinhos. Para D. Manuel Clemente, “a primeira atitude dos católicos deve ser de solidariedade e presença, não podia ser de outra maneira, para levantar o ânimo das pessoas e permitir reconstruir o futuro”. “Vamos ter esse primeiro domingo de julho reservado a rezar pelos que partiram e pelos que ficaram, por quem foi vitimado, e também recolher apoios financeiros que serão encaminhados para a Cáritas Portuguesa o que for preciso apoiar. É um dia que viveremos intensamente e solidariamente, mas temos que encontrar soluções de futuro e de raiz”, reforça o presidente da CEP.
Ecclesia
Em abril deste ano, os bispos portugueses publicaram uma nota pastoral intitulada “Cuidar da casa comum – prevenir e evitar os incêndios”. Nesse documento, os responsáveis católicos alertavam para a importância de ninguém, a começar pelas autoridades responsáveis, se “acomodar” no que toca à resolução do problema dos fogos, e salientavam que as soluções não se resumem à necessária “limpeza das matas” e ao “ordenamento territorial”. “As causas do flagelo dependem direta ou indiretamente da vontade humana”, tendo “na origem de muitos incêndios, talvez da maioria, estão comportamentos criminosos, uns intencionais, outros pelo menos negligentes”, assinalavam os bispos. Neste contexto, “há que apurar não apenas as causas da dimensão desta prática – o que verdadeiramente ainda se não conseguiu até hoje – como há sobretudo que detetar e combater interesses que dela possam beneficiar”.
No próximo dia 2 de julho, a Igreja Católica vai promover um peditório nacional, durante as celebrações eucarísticas, a favor das vítimas dos incêndios que fustigaram o Concelho de Pedrógão Grande e vários outros concelhos vizinhos. Para D. Manuel Clemente, “a primeira atitude dos católicos deve ser de solidariedade e presença, não podia ser de outra maneira, para levantar o ânimo das pessoas e permitir reconstruir o futuro”. “Vamos ter esse primeiro domingo de julho reservado a rezar pelos que partiram e pelos que ficaram, por quem foi vitimado, e também recolher apoios financeiros que serão encaminhados para a Cáritas Portuguesa o que for preciso apoiar. É um dia que viveremos intensamente e solidariamente, mas temos que encontrar soluções de futuro e de raiz”, reforça o presidente da CEP.
Ecclesia
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