(RV) Quarta-feira,
21 de junho: audiência com Papa Francisco na Praça de S. Pedro.
Partindo da Carta aos Hebreus, caps 11 e 12, Francisco prosseguiu o
ciclo das suas catequeses sobre a esperança cristã. Os santos são, para
nós – sublinhou Francisco - testemunhas e companheiros de esperança
mostrando-nos que a vida cristã não é um ideal inatingível; são
companheiros da nossa peregrinação nesta vida; partilharam as nossas
lutas e fortalecem a nossa esperança de que o ódio e a morte não têm a
última palavra na existência humana.
Por isso, invocamos o auxílio dos santos nos sacramentos, disse o
Papa, primeiro no dia do nosso Baptismo, quando pouco antes da unção com
o óleo dos catecúmenos, o sacerdote convidou toda a assembleia a rezar
pelos baptizandos invocando a intercessão dos santos:
“Essa era a primeira vez que, no curso da nossa vida, nos era doada
esta companhia de irmãos e irmãs "mais velhos", que passaram pela mesma
estrada, que conheceram as mesmas canseiras e vivem para sempre no
abraço de Deus. A Carta aos Hebreus chama esta companhia que nos rodeia
com a expressão "multidão de testemunhas”.
Os cristãos, prosseguiu Francisco, não se desesperam na luta contra o
mal, porque cultivam uma incurável confiança: que as forças negativas e
destrutivas não podem prevalecer, a última palavra na história do homem
não é ódio, não é a morte, não é guerra, pois em cada momento da vida,
nos assiste a mão de Deus e a presença discreta daqueles que nos
precederam com o sinal da fé e que, pela acção do Espírito Santo, estão
envolvidos nas questões dos que ainda vivem aqui.
E o Pontífice citou também o caso do matrimónio, quando dois
namorados consagram o seu amor e é novamente invocada para eles a
intercessão dos santos. Uma invocação, reiterou o Papa, que é fonte de
confiança para os jovens que partem para a "viagem" da vida conjugal. Na
verdade, para ter a coragem de dizer "para sempre", o cristão sabe que
precisa da graça de Cristo e da ajuda dos santos.
“E nos momentos difíceis, devemos ter a coragem de elevar os olhos
para o céu, pensando em muitos cristãos que passaram pela tribulação, e
conservaram brancas as suas vestes baptismais, lavando-as no sangue do
Cordeiro”.
Deus nunca nos abandona, sublinhou ainda o Papa, sempre que
precisarmos virá o seu anjo para nos levantar e infundir consolação.
Também os sacerdotes conservam a memórias de uma invocação dos santos
pronunciada sobre eles no momento da ordenação, quando toda a
assembleia, guiada pelo Bispo, invoca a intercessão dos santos.
O candidato sabe que conta com a ajuda de todos os que estão no
Paraíso para poder suportar o peso da missão que lhe é confiada, disse
Francisco, acrescentando que não estamos sozinhos, e que os santos nos
lembram que, apesar das nossas fraquezas, a graça de Deus é maior nas
nossas vidas.
Por isso, devemos manter sempre viva a esperança de ser santos, pois este é o maior presente que podemos dar ao mundo.
“Que o Senhor nos dê a esperança de sermos santos. É o grande presente que cada um de nós pode fazer ao mundo”.
O Papa Francisco, como habitualmente, também se dirigiu aos fiéis de
língua portuguesa, tendo saudado em particular os provenientes de
Jundiaí, São Carlos e Santo André, convidando a todos a não ter medo
mas, com a ajuda dos que já estão no céu, a deixar-se transformar pela
graça misericordiosa de Deus:
“Saúdo cordialmente todos os peregrinos de língua portuguesa, de modo
particular os fiéis de Jundiaí, São Carlos e Santo André. Queridos
amigos, o mundo precisa de santos e todos nós, sem exceção, somos
chamados à santidade. Não tenhamos medo! Com a ajuda daqueles que já
estão no céu, deixemo-nos transformar pela graça misericordiosa de Deus
que é mais forte do que qualquer pecado. E que Ele sempre vos abençoe!”
Nas saudações ao grupo de língua italiana o Papa acolheu cordialmente
os diáconos do Pontifício Colégio Urbano da Propaganda Fide, as
Clarissas Franciscanas Missionárias do SS. Sacramento e os missionários
de Scheut, por ocasião dos respectivos Capítulos gerais, exortando-os a
viver a missão com os olhos atentos às periferias humanas e
existenciais.
Uma cordial saudação também para a comunidade Amor e Liberdade, que o
Papa encorajou a apoiar pelos seus esforços em favor da educação dos
jovens na República Democrática do Congo. E sobre o Dia do Refugiado que
ontem se celebrou o Papa acrescentou:
“Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, que a comunidade
internacional comemorou ontem, na segunda-feira passada eu quis
encontrar uma representação de refugiados que são hospedados pelas
paróquias e instituições religiosas de Roma. Queria aproveitar esta
ocasião do Dia de ontem para exprimir o meu sincero apreço pela campanha
para a nova lei migratória: "Eu era estrangeiro – A Humanidade que faz
bom", que conta com o apoio oficial da Caritas italiana, a Fundação
Migrantes e de outras organizações católica”
E por último, uma cordial saudação aos jovens, os doentes e os
recém-casados, a quem o Papa convidou a participar na Eucaristia para
que, alimentados por Cristo, sejam famílias cristãs tocadas pelo amor do
Coração divino de Cristo. E a concluir o Papa recordou próxima
sexta-feira é a Solenidade do Sacratíssimo Coração de Jesus, o dia em
que a Igreja apoia com a oração e afecto todos os sacerdotes.
Pai Nosso …
O Papa Francisco a todos deu a sua bênção.
(BS)
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