(RV) O Papa Francisco recebeu hoje, dia 5 de Junho de 2017, às 12 horas locais de Roma, em audiência na Sala Clementina do Vaticano, os cerca de 120 participantes do Capítulo Geral dos Missionários e Missionárias da Consolata.
Caros missionários e caras missionárias da Consolata! Estou feliz por
receber-vos, por ocasião dos vossos respectivos capítulos gerais. Saúdo
a todos com afecto e faço votos para que os vossos trabalhos
capitulares se desenvolvam com serenidade e docilidade ao Espírito.
Estendo a minha afectuosa saudação aos irmãos e irmãs das vossas
congregações que operam muitas vezes em condições difíceis, nos diversos
continentes e encorajo-os a prosseguir com generosa fidelidade no seu
empenho de missão ad gentes.
Após estas palavras de saudação iniciais, Francisco prosseguiu o seu
discurso, propondo aos presentes, algumas sugestões e conselhos por
forma a permitir para que estes dias do Capítulo Geral, possam produzir,
disse, frutos abundantes de bem para as respectivas comunidades e para a
actividade missionária da Igreja em geral.
Vós sois chamados, recordou o Papa, a aprofundar o vosso carisma,
para projectar-vos com renovado entusiasmo na obra da evangelização, na
perspectiva das urgências pastorais das novas pobrezas. Neste sentido,
acrescentou o Santo Padre, quero exortar-vos a actuar um atento
discernimento sobre a situação dos povos no seio dos quais desenvolveis a
vossa acção evangelizadora.
Antes de mais, disse o Pontífice, não vos canseis nunca de levar
conforto para as populações que estão quase sempre provadas pela grande
pobreza e pelo sofrimento agudo, como acontece por exemplo em tantas
partes da África e da América Latina. Deixai-vos continuamente provocar
pelas realidades concretas com as quais entrais em contacto e procurais
oferecer adequadamente, o testemunho da caridade que o Espírito infunde
nos vossos corações.
A história dos vossos institutos, feita, - como acontece em cada
família – de alegrias e de dores, de luz e de sombras, foi marcada e
permanece também marcada nestes últimos anos, pela Cruz de Cristo. Come
não recordar aqui, os vossos irmãos e irmãs das vossas congregações que
amaram o Evangelho da caridade mais do que a si próprios e coroaram o
serviço missionário com o sacrifício da própria vida? Que a sua opção
evangélica sem reservas, ilumine o vosso empenho missionário e seja de
encorajamento para todos para prosseguir com renovada generosidade na
vossa peculiar missão na Igreja.
Para levar avante esta missão não fácil, advertiu o Santo Padre,
ocorre viver em comunhão com Deus e ter cada vez mais a percepção da sua
misericórdia. De facto, é muito mais importante, salientou o Papa,
darmo-nos conta de quanto somos amados por Deus do que quanto nós mesmos
O amamos. Faz-nos bem recordar antes de mais, esta prioridade do amor
de Deus gratuito e misericordioso e sentir o empenho e o nosso esforço
como uma resposta à este amor misericordioso de Deus, disse.
Nesta perspectiva, acrescentou Francisco, a vida religiosa pode
tornar-se um itinerário de redescoberta progressiva da misericórdia
divina, facilitando a imitação das virtudes de Cristo e das suas
atitudes ricas de humanidade, para depois dar testemunho perante todos
aqueles de quem vos aproximais no vosso empenho pastoral.
Francisco advertiu aos presentes para que saibam também acolher com
alegria e abertura de espírito os novos estímulos ao renovamento e ao
empenho que provêm do contacto real com o Senhor Jesus presente e
operante na missão através do Espírito Santo. Neste sentido, o Papa
convidou aos presentes a seguir o exemplo do seu beato Fundador, não se
deixando nunca levar pelo cansaço e procurar sempre imprimir um novo
impulso à animação missionária, procurando dar particular atenção
sobretudo ao diálogo com o Islão, o empenho para a promoção da
dignidade da mulher e dos valores da família, a sensibilidade para com
os temas da justiça e da paz.
Caros irmãos e irmãs, continuai o vosso caminho com esperança. Que a
vossa consagração missionária possa ser sempre mais fonte de encontro
vivificante e santificante com Jesus e com o seu amor, fonte de
consolação, paz e salvação para todos os homens. Faço votos para que as
orientações elaboradas pelos respectivos Capítulos Gerais possam guiar
os vossos institutos a prosseguir com generosidade no caminho traçado
pelo Fundador e seguido com heróica coragem por tantos irmãos e irmãs
das vossas congregações. Invoco a celeste protecção de Maria, Raínha das
Missões e o Beato Giuseppe Allamano, e de todo o coração dou à todos
vós, a Bênção Apostólica, estendendo-a para a inteira Família da
Consolata.
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