(RV) Um novo
apelo para os migrantes fê-lo o Papa Francisco, nesta quarta-feira
(21/06), durante a audiência geral quando manifestou o seu apreço pela
campanha para a nova lei migratória “Era estrangeiro – a humanidade que
faz bem”, apoiada pela Caritas Italiana, a Fundação Migrantes e outras
instituições católicas. Eis, a propósito, as palavras de Francisco
durante a audiência geral:
“Por
ocasião do Dia Mundial do Refugiado, que a comunidade internacional
comemorou ontem, na segunda-feira passada eu quis encontrar uma
representação de refugiados que são hospedados pelas paróquias e
instituições religiosas de Roma. Queria aproveitar esta ocasião do Dia
de ontem para exprimir o meu sincero apreço pela campanha para a nova
lei migratória: "Eu era estrangeiro – A Humanidade que faz bom", que
conta com o apoio oficial da Caritas italiana, a Fundação Migrantes e de
outras Organizações Católicas”
O Papa está, portanto, do lado dos migrantes, porque é o Evangelho
que o faz, e nos recorda que proteger estes irmãos e irmãs é um
imperativo moral com opções políticas justas e clarividentes.
Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado (20/06), o Alto Comissariado
das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) divulgou um relatório
segundo o qual perseguições, conflitos e violência provocaram, até o
final de 2016, a fuga de 65 milhões e 600 mil pessoas em todo o mundo,
trezentas mil a mais em relação ao ano precedente. A realidade é que em
cada três segundos uma pessoa foge de sua casa por causa de guerras,
violência ou perseguição.
Um número enorme de pessoas precisam de protecção. As estimativas
divulgadas no Dia Mundial do Refugiado falam de pessoas em fuga de um
mundo marcado por violência e guerra, com as crianças que representam a
metade dos refugiados e com a Síria, Colômbia e Sudão do Sul a serem os
países de origem da maior parte dos refugiados.
O número de refugiados no mundo, 22 milhões e 500 mil, tornou-se o
mais elevado registrado até agora. Os deslocados dentro do próprio país
subiram para 40 milhões e 300 mil, o número de requerentes de asilo no
mundo foi de 2 milhões e 800 mil. Os sem nacionalidade ou apátridas são
cerca de 10 milhões de pessoas.
Não obstante esses dados, o secretário-geral da ONU, António
Guterres, afirmou que os refugiados “nunca perderam os sonhos para seus
filhos” ou a vontade de melhorar o mundo. O chefe das Nações Unidas
disse que “nunca houve tantas pessoas como agora vivendo o pesadelo de
fugir de guerras, desastres naturais ou perseguição”.
Segundo ele, as histórias dessas pessoas são de partir o coração, incluem dificuldades, separação e morte.
Ao mesmo tempo, Guterres afirmou que os refugiados pedem muito pouco
em troca, querem apenas o apoio da comunidade internacional neste
momento de maior necessidade e também solidariedade. Para o
secretário-geral, “é inspirador ver que os países que têm menos recursos
são os que mais ajudam os refugiados”. (BS)
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