E depois, Senhor, sempre o
orgulho!
De cada vez que falo em Teu
Nome, que rezo em Teu Nome, que faço algo em Teu Nome, lá vêm os “elogios”, e
com eles lá vem o orgulho, a vaidade, e o doloroso sentimento de me sentir
envergonhado comigo mesmo, de me sentir um fraco, incapaz de resistir às coisas
do mundo.
E eu rezo, peço, suplico,
entrego-me, (ou tento entregar-me), pedindo-Te força, pedindo-Te “armas” para
combater esse orgulho, essa vaidade, e Tu, Senhor, não me respondes, pareces-me
quase indiferente ao meu problema, parece-me que olhas para o lado!
O que queres Tu que eu faça,
Senhor?
Não me ajudas?
Olho-Te nos olhos e vejo-os
sorrir, quase irónicos, mas cheios de bondade.
Pegas-me na mão, encostas-Te a
mim, e dizes-me baixinho:
Vês-me preocupado com isso,
Joaquim? Nem um pouco! Enquanto tu te preocupares, está tudo bem, mas não
deixes nunca de fazer o que Te é pedido por causa desse orgulho.
Insisto com Ele:
Mas, Senhor, a Ti tudo é possível,
por isso peço-Te que afastes de mim este sentimento de orgulho, que é uma
fraqueza em mim.
Apertas-me e dizes-me:
Basta que o reconheças e não o
queiras em ti. Quantas vezes o reconheceres e dele te arrependeres, quantas
vezes Eu te perdoarei. Não querias que fosse tudo fácil, pois não? É para Te
lembrar que precisas sempre de Mim, e que sem Mim nada podes.
Rendo-me, e digo:
Oh, Senhor, como o Teu amor é
grande e cheio de sabedoria! Como Tu me conheces tão bem!
Obrigado, Senhor!
Marinha Grande, 22 de Março de
2017
Joaquim Mexia Alves
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