(RV) No
Sínodo sobre a Família que decorre no Vaticano o momento é de Círculos
Menores. Na conferência de imprensa desta quarta-feira conduzida pelo
padre Federico Lombardi estiveram três padres sinodais: o presidente da
Conferência Episcopal do Peru, D. Salvador Piñeiro García Calderón; o
arcebispo de Filadélfia, D. Charles Joseph Chaput; e o arcebispo de
Lille, D. Laurent Ulrich, na qualidade de relatores e membros de alguns
Círculos menores, eleitos na tarde da passada terça-feira.
Destacamos aqui a intervenção do arcebispo de Filadélfia, D. Charles
Chaput, que ressaltou a capacidade da Igreja de apoiar as famílias,
recordando a beleza do Encontro Mundial das Famílias realizado em
setembro passado na cidade norte-americana, com a participação do Papa
Francisco. Um evento – explicou D. Chaput – capaz de dar nova esperança
aos núcleos familiares e de reafirmar o ensinamento da Igreja sobre o
matrimónio.
O arcebispo de Filadélfia, em relação ao Sínodo, declarou que é
importante atuar olhando para as preocupações que não sejam as de um
único país. Por isso, nos círculos menores anglófonos havia preocupações
de que o “Instrumentum Laboris” não refletisse a universalidade da
Igreja.
É preciso diálogo entre a Igreja universal e a Igreja local,
acrescentou D. Chaput, porque não é apropriado, para as Conferências
episcopais, decidir sobre doutrina. E explicou: “Não estamos aqui para
vencer algo; estamos aqui para alcançar aquela verdade que o Senhor
estabeleceu para a sua Igreja”.
De seguida, D. Charles Chaput fez uma reflexão sobre a linguagem: o
prelado norte-americano chamou a atenção para a necessidade de estarmos
atentos às palavras para não ferir as pessoas, mas permanecendo fiéis à
doutrina da Igreja. Porque no fundo a linguagem da Igreja é a linguagem
do amor, de Pastores que cuidam da família.
No final deste encontro com os jornalistas, o Padre Lombardi
respondendo a uma pergunta sobre a intervenção de padres sinodais em
blogs deu uma explicação concreta:
“Os padres sinodais têm a liberdade de passar os seus pronunciamentos
a quem quiserem e, portanto, são livres de falar com quem quiserem.
Muitas vezes, os bispos que provêm de uma diocese querem referir à sua
diocese aquilo que disseram no Sínodo e podem fazê-lo tranquilamente.
Isso, porém, é deixado à liberdade dos padres sinodais e às solicitações
que lhes são feitas.”
(RS/RL)
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