(RV) Colocar a
família no devido lugar no contexto da acção pastoral da Igreja: para o
Arcebispo de Mariana (MG), Dom Geraldo Lyrio Rocha, este é um dos saldos
deste Sínodo sobre a família.
Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Geraldo falou dos aspectos que se sobressaíram no seu grupo de trabalho:
“Eu gostaria de sublinhar a ênfase que se tem dado à pastoral
familiar. E quando falamos de pastoral familiar nós não estamos a
referir-nos apenas a uma actividade determinada, mas como algo
transversal, que deve atingir numa pastoral assumida em conjunto toda a
actividade da Igreja. Parece-me que, com o Sínodo, a família recupera um
espaço muito importante na vida da Igreja. Não é apenas programar
acções em favor da família. É isto e muito mais. É colocarmos a família
no devido lugar no contexto da acção pastoral da Igreja. Este parece que
é um ganho extraordinário e será um dos grandes saldos deste Sínodo que
já está para se encerrar.”
RV:- Há um tema em especial que concentrou os debates no seu círculo menor?
“Eu diria que o leque se abriu, porque além das questões melindrosas,
difíceis, complexas como se tem levantado, a situação dos divorciados e
recasados civilmente, debateu-se a questão dos desafios que a família
vive hoje nas realidades de violência. Seja a família como vítima de
violências, as guerras, os atentados, o problema das drogas, seja também
a violência no interior da própria família, que infelizmente em muitas
situações acontece. E, em geral, vítimas dessas violências são as
mulheres e as crianças. Tudo isso foi muito considerado e o leque foi se
abrindo. O Sínodo não se deteve apenas em alguns aspectos, por mais que
gerem expectativa na opinião pública, entretanto o tema do Sínodo é
muito amplo. Parece-me que o grupo do qual participei esse leque se
manteve aberto nessas várias perspectivas.” (BS/BF)
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