(RV) Antes da oração mariana do Angelus o Papa
Francisco falou da XIV Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos agora
iniciada e em que os Padres sinodais, vindos de todas as partes do mundo
e juntamente com o Papa, vão reflectir durante três semanas sobre a
vocação e a missão da família na Igreja e na sociedade:
“Vamos manter o nosso olhar fixo em
Jesus para encontrar, com base no seu ensinamento de verdade e
misericórdia, as vias mais adequadas para um empenho adequado da Igreja
com as famílias e para as famílias, para que o plano original do Criador
sobre o homem e a mulher se possa realizar e operar em toda a sua
beleza e força no mundo de hoje”.
E recordando a liturgia deste domingo
que repropõe o texto sobre a complementaridade e a reciprocidade entre
homem e mulher, Francisco da unidade dos esposos que se tornam uma só
carne, ou seja, uma só vida, uma só existência. Nesta unidade, explicou o
Papa, os esposos transmitem a vida aos novos seres humanos e participam
do poder criativo do próprio Deus. Mas atenção – advertiu Francisco -
Deus é amor, e participa-se na sua obra quando se ama com Ele e como
Ele.
E o Papa convidou todos a rezar para
que todos os pais e educadores do mundo, bem como toda a sociedade,
sejam instrumentos daquele acolhimento e amor com os quais Jesus abraça
os mais pequeninos, sublinhando que Ele olha para os seus corações com
ternura e solicitude de um pai e também de uma mãe:
“Penso nas muitas crianças
esfomeadas, abandonadas, exploradas, forçadas à guerra, recusadas. É
doloroso ver as imagens de crianças infelizes, com o olhar perdido,
fugindo da pobreza e dos conflitos, e que batem às nossas portas e aos
nossos corações implorando ajuda. O Senhor nos ajude a não sermos
sociedades-fortaleza, mas sociedades-família, capazes de acolher, com
regras apropriadas, mas acolher, acolher sempre, com amor”.
E a todos o Santo Padre convidou a
apoiar com a oração os trabalhos do Sínodo, para que o Espírito Santo
torne os Padres sinodais dóceis às suas inspirações e a invocar a
materna intercessão da Virgem Maria, unindo-se espiritualmente ao
Santuário de Pompeia, onde se estava a recitar a "Súplica a Nossa
Senhora do Rosário”.
Após o Angelus Francisco falou dos
Beatos Pio Heredia e seus 17 companheiros/as, da Ordem Cisterciense da
Estrita Observância e de São Bernardo, mortos pela sua fé durante a
guerra civil espanhola e a perseguição religiosa dos anos trinta do
século passado, e que ontem foram beatificados em Santander, na Espanha.
Louvemos o Senhor, acrescentou o Papa, por estas suas corajosas
testemunhas e, por sua intercessão, peçamo-lo para que liberte o mundo
do flagelo da guerra”. E rezou pelas vítimas de recentes desastres
naturais nos últimos dias:
“Quero dirigir uma oração ao Senhor
pelas vítimas do deslizamento de terra que varreu uma aldeia inteira em
Guatemala como também pelas vítimas das enchentes que tiveram lugar em
França na Costa Azul. Estejamos próximos das populações duramente
atingidas, mesmo com a solidariedade concreta”.
Em seguida o Papa saudou os muitos
fiéis na Praça, vindos de Roma e muitas partes da Itália e do mundo, e
particularmente saudou os fiéis da arquidiocese de Paderborn
(Alemanha), os da diocese do Porto (em Portugal) e o grupo do Colégio
Mekhitarista em Roma.
Neste dia de São Francisco de Assis, padroeiro da Itália, que hoje se
celebra, o Papa saudou também com particular afecto os peregrinos
italianos, e em particular os fiéis de Reggio Calabria, Bollate,
Mozzanica, Castano Primo, Nule e Parabita, presentes na Praça.
A todos Francisco desejou um bom
domingo pedindo-lhes, por favor, para não se esquecerem de rezarem por
ele, e terminou com o habitual “bom almoço e até logo!”
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