(RV) O Papa Francisco na Missa em Santa Marta exortou os cristãos a não cederem à depressão perante o mal e a viverem em esperança. Nas leituras do dia duas cidades: Babilónia e Jerusalém – por motivos diferentes ambas caíram por não acolherem o Senhor
Mesmo no meio das dificuldades o
cristão não cede à depressão. Este foi a mensagem principal da homilia
do Papa Francisco na missa celebrada na manhã desta quinta-feira,
27/141, na Casa Santa Marta. Francisco advertiu que a corrupção e a
distração afastam-nos do encontro com o Senhor.
Babilónia e Jerusalém: Estas duas cidades, citadas no Apocalipse e no
Evangelho de São Lucas, atraem a nossa atenção para o fim deste mundo. O
Papa meditou sobre “a ruína destas duas cidades que não acolheram o
Senhor”.
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“A corrupção dá alguma felicidade, dá poder e faz-te sentir
satisfeito de si mesmo: não deixa espaço para o Senhor, para a
conversão... a cidade corrupta... esta palavra, ‘corrupção’, hoje nos
diz muito: não só corrupção económica, mas corrupção com muitos pecados:
com o espírito pagão, com o espírito mundano. A pior corrupção é o
espírito da mundanidade.”
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“Babilónia cai por corrupção; Jerusalém, por distração, por não
receber o Senhor que vem salvá-la. Não sentia a necessidade de salvação.
Tinha as escrituras dos profetas, de Moisés e isso era-lhe era
suficiente. Mas eram escrituras fechadas! Não deixavam lugar para a
salvação: tinha a porta fechada para o Senhor! O Senhor batia à porta,
mas não havia disponibilidade para recebê-lo, ouvi-lo, deixar-se salvar
por Ele. E cai…”
Estes dois exemplos – observou o Santo Padre – “podem-nos ajudar a
pensar na nossa vida”: somos parecidos com “a Babilónia corrupta e
autossuficiente” ou com “distraída” Jerusalém?
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Jesus exorta-nos a levantar a cabeça, a não deixarmo-nos assustar
pelos pagãos. Eles têm o seu tempo e devemos ampará-los com paciência,
como fez o Senhor com a sua Paixão”:
“Quando pensamos no fim, com todos os nossos pecados, com toda a
nossa história, pensamos no banquete que gratuitamente nos será dado e
levantamos a cabeça. Nada de depressão: esperança! Mas a realidade é má:
há muitos, muitos povos, cidades e pessoas que sofrem; tantas guerras,
tanto ódio, inveja, mundanidade espiritual e corrupção. Sim, é verdade!
Tudo isso ruirá! Mas peçamos ao Senhor a graça de estarmos preparados
para o banquete que nos espera, com a cabeça sempre erguida”. (RS/BF/CM)
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