(RV) A
Declaração conjunta refere expressamente a preocupação comum pela
situação no Iraque, na Síria e em todo o Médio Oriente, declarando-se
“unidos no desejo de paz e estabilidade e na vontade de promover a
resolução dos conflitos através do diálogo e da reconciliação”.
“Ao mesmo tempo que reconhecemos os esforços que já estão a ser
feitos para dar assistência à região (lê-se no texto), apelamos a
quantos têm a responsabilidade dos destinos dos povos que intensifiquem o
seu empenho a favor das comunidades que sofrem, consentindo a todas,
incluindo as cristãs, de permanecerem na sua terra natal. Não podemos
resignar-nos com um Médio Oriente sem os cristãos, que ali professaram o
nome de Jesus durante dois mil anos. Muitos dos nossos irmãos e irmãs
são perseguidos e, com a violência, foram forçados a deixar as suas
casas.”
“A dramática situação dos cristãos e de todos aqueles que sofrem no
Médio Oriente exige não só uma oração constante, mas também uma resposta
apropriada por parte da comunidade internacional.
“Os grandes desafios, que o mundo enfrenta na situação actual, exigem
a solidariedade de todas as pessoas de boa vontade. Por isso,
reconhecemos a importância também da promoção dum diálogo construtivo
com o Islão, assente no respeito mútuo e na amizade. Inspirados por
valores comuns e animados por um genuíno sentimento fraterno, muçulmanos
e cristãos são chamados a trabalhar, juntos, por amor da justiça, da
paz e do respeito pela dignidade e os direitos de cada pessoa,
especialmente nas regiões onde durante séculos viveram em coexistência
pacífica e agora, tragicamente, sofrem juntos os horrores da guerra.
Além disso, como líderes cristãos, exortamos todos os líderes religiosos
a continuarem com maior intensidade o diálogo inter-religioso e fazerem
todo o esforço possível para se construir uma cultura de paz e
solidariedade entre as pessoas e entre os povos.”
Não falta uma referência também à Ucrânia, “país com uma antiga
tradição cristã”. Para além de assegurar a oração pela paz, os
signatários apelam “às partes envolvidas no conflito para que procurem o
caminho do diálogo e do respeito pelo direito internacional para pôr
fim ao conflito e permitir que todos os ucranianos vivam em harmonia”.
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