18 dezembro, 2019

Em destaque: a coragem de parar e contemplar

 
Papa Francisco diante do presépio na Praça São Pedro
em 31 de dezembro de 2018   (Vatican Media)
 
O destaque nas atividades do Papa e da Santa Sé. Durante a Audiência Geral de quarta-feira, o Papa convidou não somente a fazer, mas a ficar diante do presépio para falar na intimidade com o Senhor da vida. As suas felicitações chegaram ontem também aos detidos e às mães em dificuldade em Milão. Francisco também tuitou no Dia Internacional dos Migrantes
 
Sergio Centofanti - Cidade do Vaticano

Dentro de poucos dias será o Natal: no meio ao barulho da vida, há necessidade da sabedoria de parar e ouvir Deus que fala no silêncio. Foi o que recordou o Papa Francisco na Audiência Geral desta manhã, dedicada à "bela tradição do presépio". É encontrar a coragem de dar o nosso tempo a Deus para contemplar o Eterno que entrou na história para mudar o mundo, levando a paz onde são fabricadas armas: "O Senhor da glória deixou o seu céu para estar connosco e transformar a nossa terra em céu”.

No dia em que a Liturgia do Advento recorda a fé de São José, homem do silêncio, o Papa convida à oração, que é um diálogo íntimo com o Senhor, mas é também simplesmente estar com o Deus que se fez próximo: rezar é sobretudo escutar. E a verdadeira escuta muda a vida. Assim, o presépio vivo do Deus feito homem torna-se o Evangelho que é levado "às casas, às escolas, aos locais de trabalho e de encontro, aos hospitais e aos asilos, às prisões e às praças". Deus nasce quando abrimos os nossos corações "ao próximo que têm necessidade do nosso amor".

O Papa, por ocasião da Audiência Geral, dirige-se sempre aos enfermos, encontra-os abraç-os com afeto. Os doentes, mas também aqueles citados no capítulo 25 do Evangelho de Mateus, os pobres, os prisioneiros, os estrangeiros, todos aqueles que têm necessidade de nós, os encontraremos novamente no final dos tempos, quando seremos julgados com base no amor.

E hoje o Papa, no tweet pelo Dia Internacional dos Migrantes, recordou quatro verbos: acolher, proteger, promover e integrar. Eles são válidos para todos aqueles que têm necessidade do nosso amor e servem "para construir a cidade de Deus e do homem".

Amanhã, Francisco encontrará refugiados recém-chegados de Lesbos com os corredores humanitários e fará colocar uma Cruz - no acesso ao Palácio Apostólico a partir do Pátio Belvedere - em memória dos migrantes e refugiados.

Por fim, a saudação do Papa chegou ontem a Milão, por meio do cardeal Pietro Parolin, também aos detidos da prisão da Ópera, às mães e às crianças em dificuldade apoiadas pela Fundação Arché num prédio em Quarto Oggiaro.

Experiência significativa dos presos que, desde 2016 - lançamento do laboratório "O sentido do pão" - produziram mais de três milhões de hóstias distribuídas em paróquias em todo o mundo.

"Vocês - disse o secretário de Estado - estão a colaborar com o Senhor, para que possa dar vida a tantas pessoas".

VN

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