21 setembro, 2019

Papa Francisco: amar e ser amados, o desejo mais profundo

 
Encontro promovido pelo Pontifício Conselho para a Nova Evangelização  (Vatican Media)
 
“Como acender o desejo de encontrar Deus apesar dos sinais que obscurecem a sua presença?” Assim o Papa Francisco inicia o seu discurso aos participantes num encontro internacional organizado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização 
 
Jane Nogara - Cidade do Vaticano

O segundo encontro do Papa Francisco nesta manhã de sábado (21) foi com as escolas e centros da nova evangelização que participam num encontro internacional organizado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização.

Depois da saudação do prefeito do Dicastério Rino Fisichella, o Santo Padre deu as boas-vindas a todos e falou sobre o tema do encontro: “É possível encontrar Deus? Caminhos de Nova Evangelização”.

Audiência ao Pontifício Conselho para a Nova Evangelização

Arder os corações
 
“Como acender o desejo de encontrar Deus apesar dos sinais que obscurecem a sua presença?”. Assim inicia o Papa comentando a temática, e depois de recordar os dois discípulos de Emaús que tinham Jesus ao seu lado mas não o reconheceram por terem desconforto no coração, disse: “O segredo está em sentir, junto com as próprias incertezas, a maravilha desta presença. É a mesma maravilha que tiveram os discípulos de Emaús (…). Fazer arder os coração é o nosso desafio”, disse aos presentes. 

Preocupar-se e principalmente ocupar-se
 
Porém, continuou Francisco “pode acontecer que a Igreja seja para o homem de hoje uma recordação fria, ou até mesmo uma desilusão”. O Papa explicou que para alguns a Igreja pode parecer muito fraca perante os problemas do mundo, enquanto que para outros é muito poderosa frente às grandes pobrezas do mundo. E confirma que está certo preocupar-se, mas principalmente ocupar-se, “quando se percebe uma Igreja ‘mundanizada’ que segue os critérios do sucesso do mundo e se esquece que não existe para anunciar a si mesma, mas Jesus". 

Amar e ser amados: o desejo mais profundo
 
Ao falar sobre o ritmo da vida moderna de muitos irmãos e irmãs, o Papa recorda que o Pai deseja que muitos deles “sintam-se em casa” porém com a constante procura do bem-estar eles esquecem o verdadeiro sabor da vida:
“ A beleza de uma família numerosa e generosa, que preenche o dia e a noite mas dilata o coração e a luminosidade que se encontra nos olhos dos filhos, que nenhum smartphone pode dar, a alegria das coisas simples, a serenidade dada pela oração ”
E acrescenta que o desejo mais profundo dos nossos irmãos é:
“ Amar e ser amados, serem aceites pelo que são, encontrar a paz no coração e uma alegria que seja mais duradoura do que as comuns diversões ”
O Papa recorda que a evangelização deve estar concentrada numa palavra: Jesus. E como fazer isso? “Encontrar os nossos contemporâneos para que conheçam o seu amor. Não ensinando, não julgando, mas sendo companheiros de caminho”. Acrescenta também aos presentes comprometidos com evangelização que:
“ Transmitir Deus, não é falar de Deus não é justificar a sua existência: até o diabo sabe que Deus existe! Anunciar o Senhor é testemunhar a alegria de conhecê-lo, é ajudar a viver a beleza de encontrá-lo ”
Deus é amor
 
Depois da afirmação bíblica “Deus é amor”, o Papa explica que este é “o núcleo fundamental”, o coração do Evangelho. “A vida cristã renova-se sempre com este primeiro anúncio” que na realidade é o “anúncio principal, aquele que se deve voltar sempre a escutar e voltar a anunciar durante a catequese de um modo ou de outro, em todas as suas etapas, em todos os seus momentos”.

VN

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