01 setembro, 2019

Cardeal-patriarca destaca percurso de D. José Tolentino Mendonça no diálogo cultural

O cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) saudou hoje a nomeação cardinalícia de D. José Tolentino Mendonça, destacando o percurso do arcebispo madeirense no campo cultural.

“O Papa Francisco sabe muito bem como a evangelização e a nova evangelização têm uma fortíssima vertente cultural, isto é, requer uma compreensão profunda da mentalidade atual, não só na Europa, mas pelo mundo além”, assinalou D. Manuel Clemente, em declarações à Agência ECCLESIA.
“O senhor D. José Tolentino é muitíssimo bom e capaz, neste setor e neste sentido, de uma nova evangelização e da sua necessidade cultural”, acrescentou. O presidente da CEP falou de uma “grande felicidade” para a Igreja Católica em Portugal, que vai passar a contar com cinco elementos no Colégio Cardinalício pela primeira vez na história. “Temos de alegrar-nos, como Igreja em Portugal, como amigos e como admiradores de D. José Tolentino, por esta oportuna criação cardinalícia”, observou. O Papa anunciou hoje, pouco depois do meio-dia de Roma (menos uma em Lisboa), a decisão de convocar um Consistório para a criação de 13 cardeais, a 5 de outubro, entre eles o arquivista e bibliotecário da Santa Sé, D. José Tolentino Mendonça. “Agradecemos muito ao Papa Francisco e contamos muito com o trabalho, com a inteligência, com a sabedoria do nosso caríssimo D. José Tolentino”, declarou o cardeal-patriarca de Lisboa.
Já a reitora da Universidade Católica Portuguesa, Isabel Capeloa Gil, falou num “percurso absolutamente notável” do antigo vice-reitor da instituição, que vai ser criado cardeal. A responsável destaca a juventude de D. José Tolentino Mendonça, que será um dos mais jovens elementos do Colégio Cardinalício, e a sua personalidade “profundamente cosmopolita”, com abertura ao mundo. “É um homem de cultura, que demonstrou como a missão evangelizadora da Igreja se manifesta através da arte e da cultura”, sustentou a reitora da UCP.Para Isabel Capeloa Gil, o Papa passa a contar com um conselheiro que se destaca como “homem de grande diálogo, com uma posição absolutamente singular na capacidade de articular as diferenças” e “uma posição absolutamente singular na capacidade de articular as diferenças”, prestando atenção à missão da Igreja “em todos os setores da sociedade”. A responsável sublinha ainda a “grande perspicácia” do futuro cardeal português para “analisar os quadros sociais, culturais, para entender os movimentos de transformação das sociedades contemporâneas”.
Ecclesia

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