(RV) As
cooperativas são inovadoras e criativas e promovem uma nova matemática
em que 1+1 é igual a 3. Com estas palavras o Santo Padre encorajou as
cooperativas a globalizarem a solidariedade.
Na manhã deste sábado dia 28 de
fevereiro o Papa Francisco encontrou-se com os membros das cooperativas
italianas que encheram totalmente a Sala Paulo VI. Presentes
cooperadores de diferentes áreas de trabalho: agricultura, industria,
comércio, pescas, área social, imobiliário e tantas outras. Em
particular, foram apresentados testemunhos de cooperativas que, partindo
de problemas sociais de difícil resolução, encontraram no método
cooperativo a solução.
Nas palavras que lhes dirigiu o Papa Francisco frisou precisamente o
método das cooperativas como sendo inovador e criativo, exortou-as a
globalizarem a solidariedade e lançou cinco encorajamentos para a
atividade das cooperativas:
Em primeiro lugar exortou-as a serem o motor de desenvolvimento das
comunidades locais, criando novas cooperativas, criando novas
possibilidades de trabalho nomeadamente para os jovens, as mulheres e os
adultos que ficam sem emprego. O Santo Padre sublinhou o exemplo das
empresas recuperadas.
Como segundo encorajamento o Papa referiu-se à função de ativar como
protagonistas novas soluções de bem-estar sobretudo na área da saúde. O
Santo Padre afirmou o dom da caridade colocando as pessoas e os mais
necessitados sempre no centro. Apontou o princípio da subsidariedade que
permite trabalhar colocando juntas as forças.
Terceira ideia lançada pelo Papa: a economia e a sua relação com a
justiça social. O Santo Padre recordou que não basta criar riqueza para
depois distribuir ou assumir o princípio da responsabilidade social em
formato de marketing. O Papa sublinhou o valor do cooperativismo que
permite que o sócio não seja somente um fornecedor ou utente mas um
protagonista que cresce como pessoa em modo cooperativo no qual 1+1 são
3. Cooperar significa precisamente operar em conjunto para atingir um
fim – declarou o Santo Padre.
Em quarto lugar o Papa Francisco encorajou as cooperativas para o seu
papel de apoio às famílias pedindo-lhes que as apoiem procurando
harmonizar o trabalho com a vida familiar. Em particular, citou o papel
das mulheres para que se sintam realizadas e completamente livres e cada
vez mais protagonistas.
Para fazer tudo isto é preciso dinheiro – declarou o Papa no seu
último encorajamento às cooperativas – sublinhando que estas não foram
fundadas por grandes capitalistas. O Santo Padre exortou os cooperadores
a investirem bem nas soluções encontradas colocando em comum os meios e
pagando justos salários. Recordou a expressão “o dinheiro é o esterco
do diabo” que pode destruir o homem. Por isso, disse o Papa, não deve
comandar o capital sobre as pessoas mas as pessoas sobre o capital.
No final da sua intervenção o Papa Francisco exortou as cooperativas a
lutarem honradamente contra as manipulações do mercado. (RS)
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