(RV) Na
tarde de quarta-feira, dia 18 de fevereiro, o Papa Francisco presidiu à
Missa com o rito da bênção e imposição das cinzas na Basílica de Santa
Sabina em Roma. Nesta Eucaristia participaram Cardeais, Arcebispos,
Bispos, Monges Beneditinos de Santo Anselmo, os Padres Dominicanos de
Santa Sabina e alguns fiéis. Esta celebração eucarística foi precedida
de uma procissão penitencial desde a Igreja de Santo Anselmo até à
Basílica de Santa Sabina.
Na sua homilia o Santo Padre afirmou que a Quaresma é o “tempo em que
buscamos unir-nos mais estreitamente ao Senhor Jesus Cristo para
partilhar o mistério da sua paixão e da sua ressurreição” – disse o Papa
Francisco que acentuou ser a Quaresma um tempo de conversão interior e
exortou, especialmente os ”sacerdotes", a pedirem neste início de
Quaresma o dom das lágrimas, “de modo a tornar a oração e o caminho de
conversão sempre mais autêntico e sem hipocrisia:
"Vai fazer bem a todos, mas especialmente a nós sacerdotes, no início
desta Quaresma, pedir o dom das lágrimas, para tornar a nossa oração e o
nosso caminho de conversão sempre mais autênticos e sem hipocrisia. Vai
fazer bem perguntarmo-nos: "Eu choro? O Papa chora? Os cardeais choram?
Os bispo choram? Os consagrados choram? Os sacerdotes choram? O choro
está nas nossas orações?”
Muitas vezes – prosseguiu o Santo Padre – a hipocrisia mancha as
obras de caridade: a esmola, a oração e o jejum mas Jesus convida-nos a
cumprir estas obras sem qualquer ostentação. E este é um convite à
conversão, uma conversão que não seja “superficial” e “transitória” mas
um verdadeiro itinerário espiritual que permita purificar o nosso
coração para voltarmos a Deus que não hesitou em sacrificar o seu Filho
Unigénito – afirmou o Papa Francisco:
“Efetivamente Cristo, que era justo e sem pecado, por nós foi feito
pecado quando sob a Cruz foi carregado dos nossos pecados e, assim,
resgatou-nos e justificou-nos perante Deus. N’Ele nós podemos tornar-nos
justos, n’Ele podemos mudar, se acolhemos a graça de Deus e não
deixamos passar em vão este momento favorável. Por favor, paremos um
pouco e deixemo-nos reconciliar com Deus”.
O Papa Francisco recebeu as cinzas do cardeal Josef Tomko e depois,
ele próprio as distribuiu a alguns cardeais, a monges beneditinos de
Santo Anselmo, a padres dominicanos de Santa Sabina e a uma família com
três filhos. No final da Missa o Santo Padre exortou os cristãos a
atuarem de uma forma a que o seu cumprimento exterior da Quaresma
corresponda um profundo renovamento do espirito”. (RS)
Sem comentários:
Enviar um comentário