(RV) Para não sermos patrões da palavra de Deus é preciso humildade e oração – esta mensagem resume o essencial da homilia do Papa na Missa desta sexta-feira em Santa Marta. Estas duas atitudes, oração e humildade permitem ao cristão ser capaz de estar desperto para a Palavra e para a vontade de Deus. O Evangelho de S. Mateus conta-nos neste dia a parábola dos vinhateiros que matam primeiro os servos e depois o filho do patrão da vinha com intenções de se apoderarem da herança. A escutar esta parábola estavam com Jesus fariseus, anciãos e sacerdotes. A estes – explica o Santo Padre – Jesus fala-lhes para os fazer compreender no que tinham caído por não terem o coração aberto à Palavra de Deus:
“Este é o drama desta gente, e também o nosso drama! Apoderaram-se da Palavra de Deus. E a Palavra de Deus torna-se palavra deles, uma palavra segundo os seus próprios interesses, as suas ideologias, as suas teologias... mas ao seu serviço. E cada um interpreta-a segundo a própria vontade, segundo os seus próprios interesses. Este é o drama deste povo. E para conservarem isto matam. Isto sucedeu a Jesus.”
Os chefes dos sacerdotes e dos fariseus – continuou o Papa Francisco – tinham percebido que Jesus falava deles e procuravam capturá-lo e matá-lo. Estavam presos nos desejos de cada um deles. Isto pode acontecer a cada um de nós – explicou o Santo Padre – quando não estamos abertos à novidade da Palavra de Deus. Fazemos como os fariseus e os sacerdotes. Para não cairmos nesta tentação devemos cultivar duas atitudes fundamentais: a humildade e a oração:
“Esta é a atitude daquele que quer escutar a Palavra de Deus: em primeiro humildade; em segundo oração. Esta gente não rezava. Não tinha necessidade de rezar. Sentiam-se seguros, sentiam-se fortes, sentiam-se ‘deuses’. Humildade e oração: com a humildade e a oração vamos em frente para escutar a Palavra de Deus e obedecer-lhe. Na Igreja. Humildade e oração na Igreja.” (RS)
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