Série: “Reflexões sobre o Renovamento Carismático Católico”
Como um dos líderes neste grande trabalho de Deus, há uma pergunta que eu tenho feito a mim próprio muitas vezes: É a minha liderança no Renovamento Carismático Católico algo que eu posso deixar quando achar que já não me apetece?
Não acredito que um chamamento feito por Deus seja algo que possamos aceitar ou deixar quando quisermos. Não devemos tentar restituir a Deus a Sua unção.
Não existe a palavra reforma para um cristão. Claro que, de tempos a tempos, passaremos de uma posição de responsabilidade para outra, talvez para um nível inferior.
Um dia, Deus pedir-nos-á que nos retiremos da liderança. Mas isso é algo para Ele decidir, não nós.
Mas, é nossa responsabilidade treinar e preparar novos líderes. Dar-lhes posições de responsabilidade, motivando-os, encorajando-os e o grupo rezar sobre eles.
Prepará-los a fim de que o trabalho continue.
Foi-nos confiado uma coisa verdadeiramente notável: o dom de Deus. O dom de Deus é para nós. Não é nosso para o controlarmos ou para fazermos como quisermos, ou até para o devolver.
Quando estivermos cansados lembremo-nos de que a nossa responsabilidade é a de vivermos esta graça do Renovamento Carismático Católico o mais completamente que pudermos, confiando no Senhor e partilhando-o com todos os que encontrarmos.
S. Paulo escreveu a Timóteo: “Convido-te a reavivar o dom de Deus que está em ti pela imposição das minhas mãos” (2Tim. 1, 6).
Que estas palavras estejam sempre presentes em nosso coração.
Quando caminhamos na vontade de Deus estamos em paz. Cristo morreu para nos dar a liberdade. Aceitemos a Sua doação em cada dia. Continuemos a caminhar com Ele no poder e na liberdade do Espírito Santo.
Para fazermos isto:
- significa que temos de voltar o nosso EU (ego) para Deus e trabalharmos com fé no Espírito.
- Significa que precisamos de ouvir, todos os dias, a voz e a orientação do Espírito Santo.
- Significa que teremos de fazer tudo na Sua força, não na nossa, e realizarmos tudo para a glória de Deus.
- Significa que é necessário darmos o poder, o controle de volta a Deus.
Caminhemos no Espírito!
Como nos recorda Zacarias: “Não pela força, nem pelo poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor” (Zac. 4, 6).
Caminhar no Espírito é caminhar no amor, na liberdade e no poder de Deus, não no poder do homem.
Espero fazer a vontade de Deus o resto da minha vida e espero que vocês, nos vossos grupos, nas vossas equipas, nos vossos países, por todo o mundo, continuem a fazê-lo também, até um dia.
Tenho esperança de que todos ouviremos estas palavra maravilhosas: “Muito bem, servo bom e fiel … vem participar da minha alegria.” (Mt 25, 21)
Charles Whitehead
Labat n.º 60 de Abril de 2006
Labat n.º 60 de Abril de 2006
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