No meu
quarto fechado
sento-me
num canto,
não
quero ser incomodado,
e rezo,
clamo,
imploro:
Vem
Espírito Santo!
Mas
nada acontece,
nem um
tremor,
nem um
calor,
apenas
o silêncio permanece.
De
repente
parece-me
ouvir um trovão,
ou uma
rajada de vento,
não sei
definir,
não sei
dizer,
mas
sinto no coração,
uma
ternura,
um
momento,
e
deixo-me conduzir,
guiar,
e
abro-me ao que há-de vir.
Será
uma língua de fogo,
ou
“apenas” o amor,
que se
derrama em mim,
e me
faz sentir,
por
fim,
o
encanto,
o
calor,
a
presença do Espírito Santo!
No mais
profundo silêncio,
vivo o
momento de espanto,
entrego-me,
choro,
rio,
enterneço-me,
deixo-me
todo amar,
e
suplico,
numa
súplica sem cessar:
Vem
Espírito Santo!
Solenidade
de Pentecostes
Marinha
Grande, 9 de Junho de 2019
Joaquim
Mexia Alves
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