A comunhão é o
primeiro testemunho dos Apóstolos da obra de salvação de Cristo e da
ação de Deus na história, disse o Papa na sua catequese, na audiência
geral.
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Cerca de 20 mil pessoas participaram na Praça de São na audiência geral do Papa Francisco,
nesta quarta-feira, 12 de junho. Dando continuidade ao ciclo de
catequeses sobre os Atos dos Apóstolos, o Papa iniciou-a afirmando que a
Ressurreição de Cristo não foi um evento entre outros, mas a fonte da
vida nova.
A volta na praça com o Papa-móvel é uma tradição nas audiências
A 'viagem' do Evangelho
Os seus discípulos sabiam e por isso, ficaram unidos a Maria,
perseverantes na oração e fortalecidos na comunhão. Os apóstolos procuravam recompor o seu corpo que, após os eventos dolorosos da Paixão
do Senhor, ficara reduzido a 11 membros.
Judas Iscariotes, muito embora recebera a grande graça de ser parte
do círculo íntimo de Jesus e de participar no seu ministério, num
determinado momento isolou-se, apegando-se ao dinheiro e caindo no
orgulho ao ponto de preferir a morte à vida.
Recompor o corpo, fechar a ferida
Os Apóstolos, ao contrário, escolheram a vida e a bênção e, para tal,
decidiram eleger alguém para o lugar de Judas. Pedro indica que deveria
ser um discípulo de Jesus desde o Batismo no Jordão até à Ascensão de
Jesus ao Céu.
Elegeu-se Matias através do discernimento comunitário, ou seja,
procurando olhar a realidade com os olhos de Deus segundo a ótica da
unidade e comunhão.
Eles não expressam ao mundo uma presumível perfeição, mas através da
graça da unidade, fazem emergir um Outro, que vive de um modo novo no
meio do seu povo: o Senhor Jesus.
Ao terminar a sua reflexão, o Papa exortou:
“Nós também precisamos redescobrir a beleza de testemunhar o
Ressuscitado, abandonando atitudes egocentricas, renunciando a
apropriar-nos dos dons de Deus e não cedendo à mediocridade. A
recomposição do colégio apostólico demonstra que no DNA da comunidade
cristã existem unidade e liberdade de si mesmos. Isto permite não temer a
diversidade, não apegar-mo-nos às coisas e dons e tornarmo-nos mártires
testemunhas luminosas do Deus vivo e atuante na história".
VN
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