07 junho, 2019

Apelo do Papa para combater "vergonhosos maus-tratos" contra as mulheres


Em Inglaterra, duas mulheres são mortas em cada semana
por um parceiro ou ex-parceiro.  (©doidam10 - stock.adobe.com)

Por ocasião do Dia pela Vida celebrado em Inglaterra e no País de Gales hoje, 16 de junho e dedicado este ano ao abuso doméstico, o Santo Padre enviou uma mensagem onde exorta a "lutar contra todas as formas de exploração". 

Amedeo Lomonaco - Cidade do Vaticano 

Diante dos “vergonhosos maus-trato aos quais as mulheres são por vezes submetidas", sejam intensificados "os esforços para apoiar os mais vulneráveis dos nossos irmãos e irmãs e haja um crescente compromisso de lutar contra todas as formas de exploração".

Este é o apelo lançado pelo Papa na mensagem assinada pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, por ocasião do Dia pela Vida, celebrado em Inglaterra e no País de Gales hjoje, 16 de junho. Na mensagem, o Pontífice também indica "a responsabilidade de partilhar a boa notícia de que toda a vida humana é bela e sagrada e é um nobre chamamento". Francisco, ademais, encoraja "todos aqueles que se esforçam para promover uma cultura da vida". 

Na Inglaterra, uma mulher em cada quatro é vítima de maus-tratos

A Jornada deste ano - recorda a agência Sir - é dedicada à realidade dos abusos domésticos. Uma em cada quatro mulheres e cerca de um em cada seis homens - afirma um comunicado publicado pela Conferência dos Bispos da Inglaterra - sofre algum tipo de abuso doméstico durante a sua vida. Duas mulheres são mortas a cada semana na Inglaterra por um parceiro ou ex-parceiro.

O objetivo da campanha de consciencialização lançada este dia é o de convidar as Igrejas a "enfrentarem este grave problema moral e social". 

A casa muitas vezes torna-se local de sofrimento

"Estas estatísticas - ressalta o bispo John Sherrington, responsável pelo  “Day for Life” em Inglaterra e no País de Gales - são chocantes e chama-nos a combater o flagelo dos abusos domésticos".

Não poucas vezes, observa com tristeza o prelado, a casa "torna-se um local de sofrimento, medo, degradação e isolamento".

"O abuso doméstico – conclui Dom John Sherrington - muitas vezes é um problema oculto". "O nosso objetivo é que qualquer pessoa que sofra de abuso doméstico, se sinta capaz de confiar na procura de ajuda dentro da Igreja".

VN

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